Deni Zolin

Como serão as obras no 1º ano da concessão da RSC-287 e quando acostamento e buracos serão consertados

Ficou acertado para 1º de setembro, e não mais 20 de agosto, a data em que a concessionária Rota de Santa Maria, do grupo espanhol Sacyr, irá assumir a concessão da RSC-287 e os dois pedágios da rodovia, em Candelária e Venâncio Aires. A definição da nova data foi entre o governo do Estado e a empresa. Nesse dia, os valores dos pedágios para carros vão cair dos atuais R$ 7 para cerca de R$ 3,70 - o valor oficial ainda precisa ser aprovado pela agência de regulação Agergs. Além disso, será em 1º de setembro que começarão a ser feitas as obras de recuperação inicial da estrada. Segundo o diretor-geral da Rota de Santa Maria, Renato Ribeiro Bortoletti, o trecho entre Santa Maria e Paraíso do Sul é o que está em piores condições e, por isso, terá prioridade nos trabalhos.

- Nos primeiros três meses, vamos fazer a manutenção tapando buracos com massa fria, troca de placas de sinalização e colocando novas, onde for necessário, sinalização da pista onde estiver colocando em risco os motoristas e a chamada conserva verde, que é capinar, roçar e podar. Até porque há locais em que o mato está cobrindo as placas de sinalização. Levaremos uns três meses para mobilizar mais equipes e começar a fazer fresagem e recomposição do asfalto com massa quente, além da sinalização definitiva - diz Bortoletti.

Concessionária quer antecipar duplicação da RSC-287. Veja detalhes

Ele afirma que a concessionária já está em contato com empresas da região para realizar essa manutenção e conserto da rodovia (veja no quadro os detalhes de como serão as obras no 1º ano e, depois, do 2º ao 5º ano). A promessa é resolver, nesse primeiro ano, os graves problemas que existem na rodovia, como deficiência na sinalização e falta de acostamento. Em alguns pontos, perto de Santa Maria, chega a haver 10 a 20 cm de desnível com a pista. Se um carro ou caminhão precisar ir para o acostamento, em situação de emergência, provavelmente vai perder o controle ou tombar, tamanho o desnível. Em outros trechos, o acostamento existe, mas está com brita solta, pois durante as obras do programa Crema 2, feitas pelo Daer, o prazo dos serviços acabou, mas as construtoras contratadas não conseguiram pavimentar o acostamento dentro do prazo do contrato, que era com verbas de financiamento.

Antecipação

Nesses primeiros cinco anos, o governo do Estado estima que serão gastos R$ 599 milhões pela concessionária em todas essas obras. Além disso, a Sacyr já pediu ao BNDES o adiantamento de financiamento para antecipar a duplicação dos 128 km entre Tabaí e Novo Cabrais, para ser concluída totalmente até 2026 - o prazo previsto no contrato era de 2027 a 2030. A concessionária também avaliará fazer até 2026 a duplicação de 18 km do trevo de Cachoeira em direção a Santa Maria, o que só estava previsto para ocorrer em 2040, pelo contrato com o Estado.

Segundo Bortoletti, isso deve ser definido até o 3º ano da concessão, pois dependerá do volume de tráfego nesse trecho. A concessionária quer antecipar as duplicações para fazer com que mais motoristas utilizem a rodovia e não queiram usar rotas alternativas, como a BR-290. Porém, essas antecipações ainda dependerão da aprovação do financiamento no BNDES. Essas tratativas ainda devem levar um ano para serem concluídas.

O QUE ESTÁ PREVISTO

Pelo contrato, a Rota de Santa Maria precisa fazer reparos iniciais na rodovia nos primeiros 12 meses da concessão. Só depois poderá cobrar pedágio nas três novas praças que serão construídas, em Santa Maria, Paraíso do Sul e Taquari. Confira o cronograma previsto de obras

A partir de 1º de setembro

  • Serviços de tapa-buracos com massa asfáltica a frio
  • Roçada de capim e poda de árvores e arbustos que cobrem placas de sinalização
  • Serviços de drenagem
  • Troca de placas de sinalização e colocação de novas, onde estão em falta
  • Sinalização da pista em locais onde está apagada e coloca em risco a segurança do trânsito

A partir de dezembro ou janeiro (até agosto de 2022)

  • Fresagem (retirada de asfalto velho) nos trechos com problemas e colocação de nova camada de asfalto
  • Conserto dos locais onde não há acostamento ou está com problemas, usando asfalto reciclado (retirado pela fresagem) misturado com massa quente. No lado esquerdo, do sentido Tabaí-Santa Maria, será usado asfalto definitivo no acostamento
  • Sinalização definitiva das pistas, com colocação de tachinhas reflexivas nos 204 km

Obras do 2º ao 5º ano

  • Recuperação total da rodovia, com reparos mais profundos, com conserto da base e recuperação do pavimento e do acostamento
  • Duplicações de trechos urbanos (em Santa Maria, será de 1,5km, do trevo do Aeroporto em direção à Base Aérea, a ser feita em 2025. Nesse mesmo ano, serão duplicadas as travessias urbanas de Paraíso do Sul, Novo Cabrais e Candelária. Em 2024, de Tabaí e de Santa Cruz do Sul)
  • Construção de 8 terceiras faixas entre Santa Maria e Novo Cabrais

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