Deni Zolin

Com novo decreto do Estado, tendência é manter regras atuais em Santa Maria

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Vários setores empresariais estão ansiosos com as novas medidas do governador Eduardo Leite, que prometeu lançar nesta sexta-feira o novo decreto definindo as regras por regiões do Estado, conforme a quantidade de casos e a quantidade de leitos disponíveis nos hospitais. Ele já garantiu que a palavra final será dos prefeitos, que terão de adaptar as orientações do Estado à realidade de cada município. Como Santa Maria e região ainda não registraram nenhuma morte e ainda há vagas em leitos para pacientes com o novo coronavírus, a tendência é que aqui no Centro do Estado não haja mudanças significativas nas regras de funcionamento de comércio, transporte, restaurantes, igrejas, clubes e demais setores. Esse é o pensamento do chefe da Casa Civil de Santa Maria, Guilherme Cortez, que acredita na manutenção das regras em vigor na cidade.

- As nossas medidas estão todas mantidas. No último decreto, inclusive, a gente já não previu prazo. A gente acredita que nossas medidas estão adequadas e que, inclusive, o próprio decreto do Estado vai estar em conformidade com o nosso decreto. Se tiver alguma desconformidade, vamos discutir com os médicos e com as entidades para adequar. Se o governador lançar o decreto às 14h, não vamos lançar um decreto da prefeitura no mesmo dia. Pelo que a gente viu, o decreto do Estado vai vir bem ajustado com o que está em vigor aqui. A partir do decreto do Estado, vamos analisar. Não fazemos de afogadilho, vamos conversar antes com os médicos e as próprias entidades, embora eu ache que não vai ser feito nada em contrário do que estamos fazendo até aqui. A tendência é se manter mais ou menos como está. Se houver mudanças, vão ser pontuais - diz Cortez.

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O chefe da Casa Civil lembra que alguns setores estão pedindo mudanças, como ampliação de horários de abertura, mas que tudo isso será analisado de forma criteriosa.

- A gente tem inúmeras demandas de setores. Por exemplo, clubes e quadras. Essa demanda, os próprios médicos diziam que tinham de ser abertos antes de quando nós abrimos. Mas nós seguramos para avaliar bem as nossas medidas. O comércio, eles pedem para abrir até as 18h, os shoppings pedem para estender horário. Tudo isso a gente está analisando. Mas vamos manter o que a gente tem agora, todas as medidas, até porque, embora a gente tenha uma situação um pouco mais controlada, a gente tem um receio em qualquer decisão que a gente tome. A gente não tem uma situação tão boa assim. Tem de manter o controle. A gente conseguiu chegar nesse nível porque foram tomadas as medidas no momento certo - afirmou Cortez, reforçando que, no final da tarde desta quarta, a prefeitura acabou abrindo uma exceção e liberou ampliação do horário do comércio até sábado (leia mais abaixo).

Cortez diz que as mudanças de horários têm impactos em outros setores.

- Quanto às prorrogações de horários, todas elas interferem no transporte coletivo. Isso é outro ponto que estamos analisando com muito cuidado. Por isso, fizemos faixas de horários para o transporte. A gente tem de considerar que houve diminuição de passageiros, mas não houve diminuição na mesma faixa percentual da quantidade de veículos, porque a capacidade é de passageiros sentados. Então, não dá para colocar todo mundo (comércio) abrindo no mesmo horário, porque vai faltar ônibus para todos que precisarem - declarou.

Comércio ampliado de quinta a sábado
Em função do Dia das Mães, neste domingo, o Sindilojas conseguiu, junto à prefeitura de Santa Maria, a liberação para o funcionamento do comércio com horário estendido, em caráter especial, nos próximos dias. Isso significa que quinta, sexta e sábado, o comércio de rua poderá funcionar até as 19h. Já para os shoppings centers, a ampliação é até as 20h.

Na próxima segunda-feira, o comércio volta a funcionar no horário determinado em Decreto Municipal, até as 17h para lojas de rua, e até 19h, para as lojas de shopping.


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