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Apesar de recomendação de vacinar grupos específicos, nada ainda foi definido

Apesar de médicos daqui e de todo o país estarem alertando para o maior risco de agravamento da Covid-19 em obesos e grávidas, ainda seguem indefinidas as regras de vacinação de pessoas com comorbidades, que tendem a começar em maio, após os idosos. Segundo o jornal Valor, o Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass) ainda está discutindo a política de vacinação para as pessoas com comorbidades, pois dependerá da quantidade de vacinas, entre outras peculiaridades. A tendência é vacinar todas as comorbidades ao mesmo tempo, mas dividindo por faixas etárias, segundo o Conass. E a comprovação tende a ser exigida mediante exames, receitas ou atestados médicos. Existe ainda o temor de fraudes.

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O problema é que já estamos quase na metade de abril e nada disso está definido. Diante da superlotação de hospitais, deveriam, sim, analisar quais as comorbidades aumentam o risco de internação e de mortes, como obesidade, câncer, insuficiência renal, segundo especialistas ouvidos pelo Valor. No caso de pessoas com câncer ou insufiência renal, além do maior risco de complicação se pegarem Covid, a alegação é que deveriam ter prioridade também porque precisam se expor com frequência nos hospitais para fazer quimio, radioterapia e hemodiálise.

Ouvida pelo Valor, a cardiologista Lília Nidro Maia, diretora da Sociedade de Cardiologia do Estado de São Paulo, afirmou que pessoas com diabetes, obesidade e síndrome metabólica deveriam ser priorizados, pois geralmente têm múltiplas comorbidades. Ela diz que, se for priorizar os hipertensos, daria 60% da população brasileira.

Além de o governo federal errar ao não fazer um cadastro prévio das pessoas a serem vacinadas, se deixar para divulgar as regras detalhadas em cima da hora, imagine a corrida que dará aos médicos atrás de atestados para as pessoas poderem se vacinar. A lista do Plano Nacional de Imunização tem 21 comorbidades como prioridade para a vacina da Covid, confira: 

  • Diabetes melitus
  • Pneumopatias crônicas graves, como doença pulmonar obstrutiva crônica, fibrose cística, fibroses pulmonares, pneumoconioses, displasia broncopulmonar e asma grave
  • Hipertensão Arterial Resistente (HAR)
  • Hipertensão Arterial Estágio 3, independente da presença de lesão em órgão-­alvo (LOA) ou comorbidade
  • Hipertensão Arterial Estágios 1 e 2 com LOA e/ou comorbidade;
  • Insuficiência cardíaca, independente de classe funcional da New York Heart Association
  • Cor-pulmonale e Hipertensão pulmonar
  • Cardiopatia hipertensiva
  • Síndromes coronarianas crônicas, como cardiopatia isquêmica
  • Valvopatias
  • Miocardiopatias e pericardiopatias
  • Doenças da aorta, dos grandes vasos e fístulas arteriovenosas, como aneurismas e hematomas da aorta
  • Arritmias cardíacas
  • Cardiopatias congênita no adulto
  • Portadores de próteses valvares (biológicas ou mecânicas) e dispositivos cardíacos implantados (marca-passos, cardiodesfibriladores, ressincronizadores, assistência circulatória de média e longa permanência);
  • Doença cerebrovascular
  • Doença renal crônica
  • Imunossuprimidos, como indivíduos transplantados de órgão sólido ou de medula óssea e pessoas vivendo com HIV, além de indivíduos em uso de imunossupressores ou com imunodeficiências primárias
  • Anemia falciforme
  • Obesidade mórbida, considerada quando Índice de massa corpórea (IMC) é maior ou igual a 40
  • Síndrome de Down

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