Corsan começa "fumacê" para identificar ligações irregulares de esgoto em Santa Maria

Corsan começa

Foto: Beto Albert (Diário)

A Corsan começou nesta semana a vistoria de possíveis ligações irregulares de esgoto em Santa Maria, em um projeto que, a médio e longo prazo, podem ajudar a despoluir sangas e arroios que cortam a cidade.


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Questionada em abril se não haveria nenhum plano para a despoluição dos córregos, a companhia havia informado que esse trabalho começaria em maio, mas em função das enchentes, acabou sendo adiado. Pelo menos, a partir de agora será feito de forma contínua, segundo a companhia. 


A técnica usada é nova na cidade e usa um equipamento que gera fumaça não tóxica nas tubulações de esgoto. Ao verificarem onde sai a fumaça, os técnicos descobrem se as ligações das casas, prédios e empresas estão na tubulação correta de esgoto ou não.

 
Por exemplo: se a fumaça é colocada na rede de esgoto cloacal da rua e acaba saindo na boca de lobo (da água da chuva) ou na calha de uma casa ou prédio, é porque a água da chuva está entrando na rede errada, que seria só para esgoto cloacal (de banheiros, por exemplo).

 
Essa vistoria é tanto de possíveis ligações irregulares de água pluvial (das chuvas) à rede coletora de esgoto cloacal (doméstico) quanto de descarte incorreto de resíduos para fora da rede. A inspeção tem o objetivo de evitar danos ao sistema de esgotamento sanitário e o extravasamento de dejetos. 


Segundo a Corsan, começou pelo Bairro Nossa Senhora de Lourdes e será feita em todos os endereços que têm coleta de esgoto disponível.

 
As tubulações de esgoto cloacal estão sendo examinadas com o método de fumaça não tóxica (fumacê), aplicada na entrada dos poços que dão acesso às canalizações e caixas de inspeção da rede. A fumaça aponta os locais onde existem conexões irregulares de água da chuva à rede de esgoto doméstico.

 
Quando é constatada a irregularidade, o proprietário da residência ou do estabelecimento comercial é notificado e orientado a providenciar a ligação adequada da água da chuva. Santa Maria é a primeira cidade da Região Central a receber a vistoria. A ação deverá ser realizada posteriormente em todos os municípios atendidos pela Corsan na região.


Disponibilidade de rede

Outra etapa da fiscalização está ocorrendo para verificar se as residências onde há rede de esgoto disponível estão interligadas. O monitoramento é feito pelas caixas de inspeção, que ficam na calçada e, por isso, não podem estar vedadas ou lacradas.

 
Moradores que ainda não tenham ligado os imóveis ao sistema de esgotamento sanitário em endereços com disponibilidade de rede são notificados a fazer a conexão. Essa ação começou no Bairro Camobi, também na segunda-feira, e deve ocorre em toda a Região Central. 


A taxa de esgoto para quem tem o imóvel interligado corretamente à rede da Corsan é de R$ 5,43 a cada metro cúbico de água consumido. Se a pessoa não ligou à rede da Corsan, a companhia pode cobrar a taxa de disponibilidade de rede, com o metro cúbico do esgoto passando para R$ 10,86. É uma forma de incentivar o consumidor a ligar o esgoto de seu imóvel à rede da companhia, para que ele seja tratado.


Fique atento

Como utilizar o sistema de esgoto doméstico corretamente

  • Não jogue lixo (cabelo, plástico, absorvente, camisinha, cigarro, fio dental, cotonetes, embalagens) no vaso sanitário, pia ou caixas de esgoto;
  • Limpe periodicamente as caixas de gordura;
  • Mantenha as caixas de inspeção tampadas, mas acessíveis;
  • Não descarte o óleo de cozinha em pia, vaso sanitário ou tanque de lavar roupas. Quando vai para o esgoto, o óleo se acumula nos encanamentos, forma camadas espessas de gordura e entope as tubulações. Junte o resto de óleo em garrafas pet e entregue em locais de doação para reciclagem;
  • Nunca conecte a rede pluvial da casa ou prédio (que recebe água de chuva) à rede de esgoto cloacal. A ligação indevida provoca transbordamento nas vias públicas e até nas residências, com esgoto voltando para as casas ou provocando rompimentos. Isso também eleva muito o gasto com tratamento de esgoto na estação, pois em dias de chuva, aumenta o volume de esgoto por conta da água que entra irregularmente à rede cloacal;
  • Se o esgoto doméstico (dos banheiros, por exemplo) vai para a rede pluvial, em vez de ser conduzido para a estação de tratamento, ele é lançado diretamente em rios, lagos e mares, causando a poluição desses mananciais. Isso provoca também mau cheiro na rua.

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