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Rodrigo Decimo: não deve ser secretário, mas terá função central

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Figuras da linha de frente se recusam a detalhar o que virá, a partir de 1º de janeiro, quando oficialmente começa o segundo mandato do prefeito Jorge Pozzobom (PSDB). A alegação principal, e que torna difícil qualquer inquirição mais assertiva, é que "a hora, agora, é de cuidar da pandemia".

Isso não significa que ninguém esteja tratando dos próximos quatro anos. O próprio prefeito, não obstante a prioridade declarada, claro que tem participado de discussões.

Vai daí que este escriba apurou certas definições, além de possibilidades em avaliação por Pozzobom e quem o cerca. Para começar, todas as mudanças no organograma da administração somente serão implantadas em fevereiro. Inclusive porque algumas delas é possível que necessitem de aprovação legislativa.

Confira a seguir questões já com resposta definida ou em estudo:

- Serão criadas, no mínimo, mais três secretarias. Se não forem "extraordinárias", terão de passar pelo Legislativo.

- Duas serão desmembramentos de atuais. O Esporte será uma pasta autônoma, e não apêndice da Cultura, como é hoje. A ideia é que as duas secretarias sejam fortalecidas.

- Givago Ribeiro é o mais cotado para assumir o Esporte, ele que, vereador eleito, abriria uma vaga para a Pastora Lorena, primeira suplente. Outra possibilidade, mais remota, seria o também vereador Admar Pozzobom.

- Rose Carneiro seguirá na Secretaria de Cultura, com sua equipe, da mesma forma que Lucia Madruga permanecerá à frente da pasta de Educação. Ambas só deixam o governo se quiserem.

- Outra área que será desmembrada é a de Estruturação e Regulação Urbana. Uma parte, pelo menos, terá como foco principal os projetos, e seria liderada pelo atual secretário, José Antonio Gomes.

- Está em gestação uma pasta específica para tratar da zeladoria do município. Que atenderia todos os serviços prestados diretamente ao cidadão. Por exemplo: cuidaria de limpeza e iluminação pública, entre outras situações. Não tem titular ainda.

- Outro que deve permanecer no posto é Guilherme Ribas Smidt, secretário de Saúde, e que é muito bem avaliado internamente, inclusive no enfrentamento à pandemia.

- Nesse contexto, como fica o vice-prefeito Rodrigo Decimo (foto)? A decisão pode até mudar, mas, em princípio, ele não vai virar secretário. Terá, no entanto, papel fundamental no dia a dia do governo. Como? Será o principal gestor administrativo, enquanto o prefeito se dedicará às questões políticas macro. "Vai agilizar processos", como contou uma fonte a este escriba.

Bronca no PSL e forrobodó no PDT

DEIXA DISSO? - Às vésperas do segundo turno, a Comissão de Ética do diretório municipal do PSL deliberou pela expulsão de dois filiados e a suspensão por 12 meses de outros quatro - neste grupo, incluído o vereador eleitor pelo partido Tony Oliveira.

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A bronca toda se deu pelo fato de o sexteto ter ido contra as deliberações pesselistas, ao apoiar e, mais que isso, fazer campanha aberta para o candidato Sergio Cechin, do PP. Isso que o PSL compunha a aliança com Jorge Pozzobom, do PSDB, inclusive com o candidato a vice, Rodrigo Decimo.

A questão: passado o pleito, a decisão será chancelada pelo Diretório Estadual da sigla. É possível que sim. No entanto, é muito improvável. Afinal, a turma do deixa-disso teria entrado em campo, e o vereador estaria "se enquadrando" à nova realidade. Será?

E NO PDT? - Ferveu o pesqueiro do pedetismo local. Aliás, algo que não ocorria (publicamente) há muito tempo. 16 filiados, entre os quais se incluem pelo menos dois candidatos a vereador e o próprio coordenador da campanha majoritária da agremiação, são os autores de denúncia encaminhada à Executiva Estadual da sigla.

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O grupo acusa dois dirigentes locais, o presidente Marcelo Bisogno (foto) e o vice Reinaldo Lima, e os vereadores Jorge Trindade e Luci Duartes, por atos "antidemocráticos" e "apoio ao bolsonarismo". Isso pela decisão de o partido abrir apoio a Sergio Cechin, do PP, no segundo turno.

Não se sabe ainda qual o efeito objetivo da denúncia que, se acolhida, em última instância poderia levar a uma penalização (advertência, suspensão ou expulsão) dos quatro.

O certo, porém, é que o forrobodó já rendeu ásperas discussões nas redes sociais, com relações políticas, estas sim, bastante abaladas.

Quatro grupos na Câmara. Para começar

O escriba identifica pelo menos quatro grupos na Câmara, a partir de janeiro. Acredite, é em torno deles que se dão duas discussões políticas fundamentais neste momento.

Uma é a articulação em torno das chapas que disputarão a Mesa Diretora, na reunião ordinária que acontece imediatamente após a posse, na tarde de 1º de janeiro.

A outra, não necessariamente (embora provável) ligada à eleição interna, é a própria formação da base de apoio do segundo mandato do tucano Jorge Pozzobom.

Mas, e quem são esses grupos?

Um deles, com cinco integrantes, reúne os governistas do PSDB (Admar Pozzobom, Juliano Soares e Givago Ribeiro), do DEM (Manoel Badke) e talvez (porque há uma ronha interna) do PSL (Tony Oliveira).

O segundo grupo, com sete nomes, é o que tem como participantes vereadores nitidamente oposicionistas, ainda que, curiosamente, sejam do mesmo campo ideológico do governo. No caso, os parlamentares do PP (Pablo Pacheco, Anita Costa Beber, João Ricardo Vargas e Roberta Leitão) e do MDB (Adelar Vargas, Rudinei Rodrigues/Rudys e Tubias Calil).

Compõem o terceiro campo político no Legislativo o que se poderia chamar de bloco de Esquerda, com quatro integrantes, das bancadas do PT (Valdir Oliveira, Ricardo Blattes e Marina Callegaro) e do PC do B (Werner Rempel).

O quarto agrupamento que se esboça no parlamento, com cinco edis, é o que inclui o PSB (Paulo Ricardo Pedroso e Danclar Rossato), o Republicanos (Alexandre Vargas e Getulio de Vargas) e o PDT (Luci Duartes).

Não há qualquer dúvida: é da dinâmica da política que esse quadro se mova.

No entanto, é assim que está posto o quadro antes da assunção de todos, no dia inicial do próximo ano. E, sim, é em torno desses conjuntos de políticos, dos estreantes aos veteranos, que as discussões prévias se darão.

Mudanças? Sim, mas só depois, quando o barco começar a navegar.

LUNETA

PRESIDENTE

Quem vai presidir a Câmara em 2021? Por enquanto, ninguém tem ideia, embora se saiba já estarem ocorrendo reuniões aqui e ali tentando formar chapa majoritária no pleito marcado para o dia da posse, 1º de janeiro. Em tempo: a sessão que vai escolher a próxima Mesa tem, sim, um presidente já escolhido. No caso, o mais votado no pleito, Alexandre Vargas, do Republicanos.

AGRICULTURA 

Covatti Filho é secretário estadual de Agricultura, e não de Saúde, como esta página publicou equivocadamente semana passada. O que não muda é o fato de ter garantido a retribuição dentro de dois anos, com pepistas daqui o apoiando e fazendo campanha por ele na disputa para a Câmara dos Deputados. Candidatos locais para os parlamentos estadual e federal? Nananinanão! Pode apostar. Vai ganhar.

O RETORNO 

Depois de todos os infortúnios, inclusive de natureza legal, que travaram a sua carreira, há grande curiosidade em torno do desempenho de João Luiz Vargas, que retoma seu percurso político, justamente onde começou. O futuro prefeito de São Sepé, absolvido inteiramente por qualquer acusação pretérita, assume dia 1º com os olhos de todos, mas especialmente dos trabalhistas, voltados para lá.

MILHÕES 

No mínimo dois grandes temas ainda aguardam definição, antes do fim da atual legislatura. Um é o orçamento para 2021. Faltam definir as emendas impositivas dos edis, mas imagina-se que a votação ocorra já na próxima semana. E, antes do final do ano, ao menos a mudança no Código Tributário, que pode garantir alguns milhões a mais na receita do município, também está na agenda. A conferir.

PARA FECHAR!  

Pelo menos um dos parlamentares não reeleitos para 2021 tem grandes chances de permanecer no primeiro escalão da política local. João Chaves, do PSDB, que para muitos foi prejudicado na campanha eleitoral justamente por sua atuação no Executivo, e até pelas tarefas cumpridas como presidente do partido, é para lá de cotado para retornar à Secretaria de Desenvolvimento Social.

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