claudemir pereira

Como ficará o PSDB, com virtual saída do governador Eduardo Leite

data-filename="retriever" style="width: 100%;">

Foto: Ariéli Ziegler, divulgação

Houve quem embrabecesse com a observação feita pela coluna, três semanas atrás, dando conta da "implosão" do PSDB santa-mariense, em consequência da virtual saída de Eduardo Leite. O governador - são cada vez mais fortes os indícios, oferecidos por ele mesmo - está de saída para o PSD de Gilberto Kassab, pelo qual pretende concorrer à presidência da República.

Passado esse período todo, nada se modificou. Exceto que o tucanato local (e também estadual) estará dividido entre os que deixam a agremiação e os que ficam para resguardar hipotético patrimônio histórico-político-eleitoral. Mais a última expressão, por sinal.

Tanto é verdade que o vice-governador Ranolfo Vieira Jr, ao que tudo indica, caminhará junto com Leite e se mantém como pré-candidato ao Piratini, cuidando de um legado cujo tamanho as urnas talvez consigam responder.

Também devem acompanhar o governador os parlamentares estaduais e federais, inclusive o presidente da sigla, Lucas Redecker, e os prefeitos de Pelotas, Paula Mascarenhas, e Santa Maria, Jorge Pozzobom.

Claro que, com eles, assessores diretos de todos também irão para a nova sigla. Vão oferecer suporte ao futuro concorrente ao Palácio do Planalto, que, noves fora sua luz própria, afinal estará em "terra estranha".

De outra parte, quem ficará no PSDB, cuidando do tal patrimônio citado ali em cima? Há os que, embora talvez desejassem sair, não podem. A menos que tenham em mente a certeza de que perderão seu mandato.

É o caso específico dos vereadores, como os santa-marienses Admar Pozzobom e Givago Ribeiro. Que apoiam Leite, seguem Pozzobom e, por sinal, são pré-candidatos à Assembleia Legislativa e à Câmara dos Deputados, respectivamente.

Mas também há os que ficarão por opção e aqueles sobre os quais paira certa dúvida da posição. No primeiro caso, registre-se, há a ex-governadora Yeda Crusius, adversária interna de Eduardo Leite e apoiadora do pré-candidato presidencial João Dória.

No segundo, encontra-se, por exemplo, Nelson Marchezan Júnior. Ex-deputado federal e ex-prefeito da Capital, qual a posição dele? E também de quem o representa politicamente em Santa Maria, o vereador (hoje no secretariado) Juliano Soares.

Enfim, há algumas certezas no tucanato santa-mariense. Mas existem dúvidas que seus próprios militantes ainda não conseguem ou não têm mesmo como resolver. Mas precisam se apressar. Afinal, os prazos eleitorais não esperam. E há questões paroquiais que ainda serão notícia neste espaço. Com certeza.

Pretensões do PSB (e do PT) dependem todas da federação

Com o apoio dos principais nomes santa-marienses da sigla, o presidente Fabiano Pereira e os vereadores Danclar Rossato e Paulo Ricardo Pedroso, o PSB estadual vai confirmar, neste sábado, em reunião ampliada do Diretório gaúcho, na Capital, a saída do governo Eduardo Leite, onde tem vários Cargos de Confiança, inclusive o secretário de Obras e Habitação, José Stédile.

No mesmo encontro, os socialistas devem reafirmar a candidatura de Beto Albuquerque ao Palácio Piratini, em mais um lance numa situação que nada está definida, pois depende de decisão nacional sobre uma federação com PT, PC do B e PV.

Se o conglomerado não for oficializado, tudo ok. O ex-deputado e ex-secretário, principal nome do PSB gaúcho, terá confirmada sua pretensão, e todo o trabalho já realizado (e por vir), visando a discussão e elaboração do Plano de Governo terá rendido frutos. No entanto, se a aliança nacional for formalizada, a discussão somente não estará zerada porque há acúmulo de debates já obtido. Mas a candidatura ao governo terá também outro pretendente, o petista (igualmente lançado) Edegar Pretto. E alguém precisará desistir, obrigatoriamente.

É evidente que, neste momento, ninguém se mostra disposto. Nem que seja por razões estratégicas. O fato é que Preto e Albuquerque e PT e PSB serão obrigados a se entender. Como isso acontecerá, só um maluco anteciparia. Não é o caso, creia, apesar de alguns terem dúvidas a respeito, deste colunista.

Ah, independente de todos os discursos e da intenção de resolver tudo rapidamente, o prazo final do TSE para bater o martelo (ou não) sobre Federações é 31 de maio. Até lá, conversa é o que não faltará.

A decisão de Romildo e o futuro de Alice

ROMILDO - A ideia do PDT gaúcho, e que inevitavelmente respinga na seção local do partido, com suas pré-candidaturas parlamentares de Marcelo Bisogno e Paulo Burmann, é definir até o dia 20 o que fará da vida, no pleito estadual.

Dito de outra forma, em uma semana, os discípulos do falecido Doutor Leonel terão a palavra final de Romildo Bolzan (foto). O dirigente tricolor permanece a ficha um para concorrer ao Piratini.

Pesquisas qualitativas que teriam sido feitas pela agremiação garantem que não há assim taaanto desgaste por conta dos resultados de campo do time do líder pedetista. E assim insistem para que ele concorra, o que, de inhapa, traria (há dúvidas jurídicas a respeito, mas o seguro morreu de velho) a necessidade de renúncia de Bolzan do cargo que ocupa.

SONHO - Como bem resgatou a colega Jaqueline Silveira, no início da semana, a psolista Alice Carvalho não tem como assumir na Assembleia Legislativa. E não haveria essa chance nem se Stela Farias, do PT, não fosse a confirmada pelo TSE para ocupar a vaga deixada pelo cassado petebista Luiz Augusto Lara.

A razão, para além da decisão judicial, está na legislação. Os 6.701 votos obtidos em 2018 são menos de 10% do quociente eleitoral. De todo modo, ao que tudo indica, a santa-mariense pode ser uma das pontas de lança do psolismo no pleito deste ano. Com um grande capital político local, pode se dar ao luxo de sonhar, com certeza.

LUNETA

NO MOLHADO

O governo federal determinou a obrigatoriedade do uso de máscaras. E é o que vale, no que toca ao combate à Covid, decidiu o Supremo, acrescentando que mudanças nos Estados e municípios vigoram apenas se ampliarem as restrições. Dito isto, qual a necessidade de uma lei municipal que desobriga o apetrecho "apenas" depois que Brasília assim decidir, como os vereadores aprovaram na última quinta-feira?

IGUALZINHO

Semana que vem, quando aprovarem os reajustes do funcionalismo municipal, os edis da comuna também devem chancelar projeto a ser proposto pela Mesa da Câmara, com a revisão salarial dos agentes políticos (os próprios vereadores, prefeito, vice e secretários). Palpite claudemiriano: apesar de serem quatro anos sem reajuste, o percentual tende a ser o mesmo dos municipários: 18,89%.

RECADO

Se o "finalmente" já houve, o escriba não sabe. Mas o "entretanto" aconteceu. Desenhando: noves fora o PSB, com quem o PT não sabe se haverá federação, graudão petista da cidade mandou recado a um igual seu no comunismo do B da comuna. Tudo por conta da inevitável aliança que unirá pelo menos essas duas agremiações, mais o PV. Possível assunto: a convivência local das siglas no pós-federação.

FRUSTRAÇÃO

Amplos setores que se mobilizaram muito em favor da permanência em Santa Maria da irmã Lourdes Dill, a senhora "Economia Solidária", não escondem a frustração. Deu em nada, ou em confirmação da saída da religiosa, no rumo do Maranhão, o encontro de uma comissão com o arcebispo dom Leomar Brustolin. Nem mesmo a garantia de continuidade dos projetos tocados por ela fizeram refluir a tristeza.

PARA FECHAR!

Com as articulações de Eduardo Leite e sua virtual transformação em ex-tucano para concorrer à presidência, passam batido, mas são intensas as articulações nos outros partidos. Tudo visando viabilizar candidaturas, para começar (no caso do MDB), ou angariar alianças. Aí, é a destra da política gaúcha que se mexe mais, com PL (Onyx Lorenzoni) e PP (Luiz Carlos Heinze) se virando nos 30 para ampliar apoios.

Carregando matéria

Conteúdo exclusivo!

Somente assinantes podem visualizar este conteúdo

clique aqui para verificar os planos disponíveis

Já sou assinante

clique aqui para efetuar o login

Em Santa Maria, mais de 13% dos eleitores são filiados a um partido Anterior

Em Santa Maria, mais de 13% dos eleitores são filiados a um partido

O quarteto de deputados daqui e as suas chances de permanecer Próximo

O quarteto de deputados daqui e as suas chances de permanecer

Claudemir Pereira