tecnologia

(R)evolução digital: para não desaparecer, crescer é palavra de ordem. Amor também!

Liana Merladete


Curiosamente, na última semana, amigos e colegas de trabalho me marcaram em posts ou remeteram vídeos relacionadas a projeções sobre extinção de algumas profissões e/ou perspectivas sobre outras. Isso me ajuda em função do meu mais recente novo enquadramento em uma de minhas atuações profissionais. Por vários anos, cuidei da Comunicação Institucional da Faculdade de Direito de Santa Maria, como Relações Públicas. 

Empreendedorismo de palco e de rede social: nem tudo que reluz é ouro

Uma das idealizadoras do Núcleo de Estudos em (Web)cidadania da mesma Instituição e com um pé (para não dizer corpo - e alma) na seara da inovação, assumi o Núcleo agora na integridade, abrindo mão da Comunicação para investir esforços, justamente, num programa de Inovação e Cultura Educacional. Esses dias, aliás, estive no Pulse Coworking falando de novos mercados para as Relações Públicas, para estudantes formandos, com aqueles olhos brilhantes cheios de motivação e dúvidas. Acho que cá estou, (re)conhecendo oportunidades mas, sobretudo, sentindo, na pele, que nem sempre vocação está estampado no título do diploma ou no anúncio de uma vaga.

Meu novo olhar perpassa pelo futuro dos estudantes e, por conseguinte, pelos temores ou anseios frente o futuro, seja pelo viés de quem aprende, como de quem ensina. Mas, vitalmente, de quem troca experiências e aposta na complementaridade de competências, a despeito do seu lugar de fala. Daí as marcações e indicação de vídeos. Mas, principalmente, o seu sentido: isso é Comunicação e eu vou explicar.


Foto: Pixabay

Eis que me reporto à ideia de que sim, a cada dia, surgem novas profissões. E, como não poderia deixar de ser, muitas impulsionadas pelos ditos avanços tecnológicos, sobre os quais, vários deles, discutimos por aqui. 

Lembrei que o Hypeness disse que algumas funções simplesmente foram extintas. O site apontava a Tecnologia, (falta de) demanda e, principalmente, segurança como alguns dos motivos que levaram alguns serviços a perderem importância. 

Quebrador de gelo; armador de pinos (até me senti jovem ao ler sobre pois, eu confesso, não recordo de que antigamente, a cada derrubada de pinos numa pista de boliche, alguns jovens tinham que correr para colocá-los em pé antes de uma nova jogada); despertador (uma pessoa fazia esse serviço com batidinhas na janela!); caçador de ratos e várias outras atribuições são hoje consideradas funções que ficaram obsoletas ao longo da nossa história.

Ocorre, e é o ponto, ao mesmo passo que com as novas (nem tanto) tecnologias, algumas tarefas que levavam horas e até dias para serem concluídas agora levam segundos é incrível, é assustador que alguns pesquisadores digam que sim, é fato, se houver alternativa tecnológica para o trabalho humano não haverá discussão. Parece que a produtividade é que falará mais alto.

Desserviço de um lado ou falta de acompanhamento de outro: preocupação ou dilema de pais e educadores

Até aí tudo bem se não fosse o prenúncio associado à questão: diz-se que funcionários de bancos e seguradoras, até da Contabilidade, do Direito, agentes de manutenção e muitas outras searas teriam declínio pelo impulso da tecnologia e, por conseguinte, pela aparição e aprimoramento de softwares inteligentes que executarão tarefas sem intervenção humana.

Muita calma nessa hora, eu acredito, verdadeiramente. Ninguém está condenado a desaparecer. Precisamos desafiar a sabedoria convencional para crescer. 

Se meu novo enquadramento, por exemplo, fosse um anúncio de vaga, não creio que contivesse, estampado "procura-se profissional graduado em Comunicação Social com Habilitação em Relações Públicas". Por outro lado, confio que nossa formação implica competências e habilidades socioemocionais que nos colocam no páreo em prioridade. 

Inovação e Cultura têm estreita relação com a Comunicação Organizacional, sentido de ser, ao meu ver, das Relações Públicas. Eu leio, estudo e acredito que sim, em muitos universos de pesquisa, as inovações são incrementais e o grau de inovação das próprias baixo. O mercado nacional de inovação em comunicação é, com certeza, reduzido, em determinados aspectos, mas não para quem quer Educar Sempre. 

Estamos muito além do uso de algoritmos e inteligência artificial. Estamos focados na conexão entre os pilares que fomentam a inovação: governo, universidades, empresas, entidades representativas e, principalmente, jovens que querem mudar o mundo, sem necessariamente a preocupação com o seu rótulo. Mas, comprometidos com formação de qualidade, olhar multidisciplinar, capacidade de resolver problemas e, prioritariamente, com sua felicidade.

Eu quero fazer e falar disso. E sei que meus potenciais alunos e todos os leitores com formações, profissões ou atribuições ameaçadas precisam apenas trocar as lentes para enxergar o futuro do presente.

A internet das coisas, a automação e novas tecnologias estão trazendo e ainda trarão coisas inacreditáveis e também, novas profissões. Entre uma infinidade delas, segundo a Época Negócios e o G1:

  • Analista de segurança e defesa digital, que vai identificar riscos potenciais ou existentes que impactam a segurança de informações.
  • Especialista em big data, que analisará dados para detectar movimentos econômicos do segmento e do contexto no qual se encontra a empresa.
  • Conselheiro de Aposentadoria, que deve ter a missão de auxiliar no planejamento da aposentadoria, dos pontos de vista financeiro, ocupacional e de plano de saúde.
  • Ethical Sourcing Manager (Gerente de Origem Ética), profissional que vai investigar, acompanhar, negociar e fazer acordos sobre o fornecimento de produtos e serviços para garantir o alinhamento nos contratos com a questão ética de um público estratégico.
  • Cyber City Analyst (Analista de Ciber Cidade), pessoa que pode assegurar um fluxo firme de informações sobre as cidades, que trabalhará com informações que envolvam dados dos cidadãos e dos recursos dos municípios.
  • Financial Wellness Coach (Coach de Bem-estar Financeiro), pessoa que ajudará a entender todas as taxas bancárias e alguns conceitos do mundo financeiro e que deve ser dos mais requisitados no mercado do futuro.
  • Chief Trust Officer (Diretor de Transparência), trabalhará com a transparência nas finanças de uma organização. A integridade da marca e sua reputação serão grandes desafios para esse profissional.

Somente nessas funções de uma verdadeira, de fato, infinidade de novas oportunidades, eu vi, particularmente, muito de Direito, Contabilidade e Segurança Pública Municipal, por exemplo.

Ao que parece, os futurologista dizem mesmo que vários empregos de hoje serão substituídos por softwares nos próximos 10 ou 15 anos. Mas o que eu - se me permitem - quero dizer é que, por outro lado, a tecnologia que vem nos ditando revolução é apenas - e lindamente - evolução. E, por conseguinte, circunstância favorável para realizamos grandes feitos.

Criatividade e a habilidade de contagiar e ser contagiado, de amar e ser amado são difíceis de automatizar. Utilizemos isso a nosso favor. Em tempos de mensagens automáticas, algoritmos, pessoas são, ao meu ver, insubstituíveis. O que fazem com sua formação então? o céu é o limite. É o que eu acho. 

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