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Estamos entrando no quinto mês do ano (já!!), mês das mães como é frequentemente conhecido. E é exatamente delas que quero falar. Na verdade, do que representam numa reflexão que serve para cada um de nós, mulher ou homem, pais ou não: amor incondicional e cuidado do outro.
As curas da violência, mentira e exploração de uns sobre os outros de que a humanidade tanto precisa certamente ocorrerão se despertarmos a nossa capacidade de amar incondicionalmente e expandirmos este dom, que todos possuímos em potencial, a todos os seres: filhx(s), companheirx(s), amigx(s) e todos os demais seres - humanos ou não - de quem muitas vezes somos indiferentes ou por quem até carregamos mágoas, ódio ou raiva.
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Apesar de ser um processo espontâneo e automático para a maioria das mães ao menos com relação ao filho, ser mãe não é a única via e nem é suficiente para darmos a nossa contribuição à cura do desamor planetário.
É trabalho de todos nós buscarmos sentir, manifestar e viver o amor de modo incondicional. E trata-se realmente de um trabalho, não só dos mais difíceis, como o mais importante da nossa vida. Esse é o grande aprendizado que devemos obter.
Mas como amar aqueles que nos causam sofrimento e angústia? Aqueles que nos oprimem? Aqueles que geram grande mal a muitas pessoas?
Inspiremo-nos nas mães. Inúmeras são as mães cujo amor pelx(s) filhx(s) é colocado à prova. Mesmo diante das ações mais absurdas e até cruéis dx(s) filhx(s), a maioria delas consegue ver a luz que elx(s) - e todos nós - é/somos. Recorda da criança que foi, possivelmente pensa nos desafios que elx(s) teve que enfrentar e, combinando a lembrança da essência de amor - agora possivelmente ocultada por trás dos traumas transformados em desamor e consequentemente violência - com a compreensão de tudo isso, perdoa e não desiste de buscar salvar x(s) filhx(s) para o caminho da leveza, das retas ações, da paz e do amor.
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Apesar de extremamente difícil até mesmo para as mães, esse deve ser o procedimento para todos nós e diante de qualquer um de nós. Não esquecermos de que somos todos irmãos, dotados da mesma potência de amor e amar, e que todo e qualquer desamor que manifestamos é sempre fruto de situações dolorosas que, mal processadas, se transformaram em sofrimento.
Entender que o desamor é consequência da dor pode nos ajudar a compreender e amar todos, começando, especialmente, a amar nós mesmxs se não conseguirmos atingir a meta do amor incondicional, ainda bastante distante no atual estágio evolutivo em que nos encontramos.
Falando em amor próprio, aí talvez esteja o maior desafio das mães. O amor que costuma nascer com a maternidade é tanto que para muitas se espalha até para desconhecidos: "sinto como que se toda criança fosse meu/minha filhx"; "sofro com as mães de todas as crianças que sofrem" etc.
E não é incomum que, em nome desse amor, a mãe se anule e/ou se esqueça de realizar as suas curas, siga ou até amplie os seus sofrimentos e sacrifícios, o que, não sendo o natural e destoando totalmente da nossa missão, que é ser feliz e usufruir da vida, gera negatividades que atingem a todos, especialmente os mais próximos, como xs filhxs.
Sempre é tempo de iniciar as tentativas de se curar, tendo como foco o se AMAR. Não insista no desamor se culpabilizando pelo que supostamente teria sido (ou estaria sendo) um "erro". Não "pecamos" quando "ignorantes". Mas, desperte a consciência, busque ajustar as ações, ciente amorosamente de que hábitos e vícios (que também ocorrem no plano dos pensamentos e emoções) normalmente demoram para ser abandonados e substituídos.
Mães e todos nós! A cura dx seu/sua filhx, parentes, amigxs, de qualquer habitante da Terra e dela mesma... O amor incondicional por qualquer ser... passam, se intensificam e se ampliam pela nossa cura e amor próprio. Antes de olhar para o que o outro necessita esteja sempre atento às suas necessidades. Até porque as necessidades do outro muitas vezes poderão ser apenas reflexos das suas. Nos amemos, nos curemos e nos cuidemos. Até para, assim, melhor e mais verdadeiramente cuidarmos do outro. Como tudo no Universo, já que tudo é energia, as curas contagiam, cabendo a cada um de nós se responsabilizar por aquele ser sobre o qual temos maior conhecimento e capacidade de intervenção: nós mesmos!