Foto: Polícia Civil (Divulgação)
Três mandados de busca e apreensão foram cumpridos pela Polícia Civil, ontem
Depois de ser alvo de uma operação da Polícia Civil contra fraude em documentos, na manhã de quarta-feira, a Casa de Saúde São José, em Pinhal Grande, segue realizando os atendimentos normalmente. A afirmação é do presidente da diretoria do hospital, Pio Scapin. Segundo ele, o hospital segue aberto e todas as pessoas estão sendo atendidas. Ontem, o diretor administrativo, Guilherme Rubin, foi afastado das atividades depois que a operação Sallitur Visio (expressão que vem do latim e significa aparências enganam) foi deflagrada.
- O hospital segue aberto recebendo a população. Está tudo funcionando normalmente - comentou Scapin.
Após mais de um ano fechada, pediatria da Casa de Saúde reabre nesta sexta
Conforme as investigações, que começaram em novembro do ano passado, documentos de pacientes foram adulterados. A investigação apontou que pacientes que pagavam por consultas particulares eram relacionados como pacientes do Sistema Único de Saúde (SUS). Além disso, os documentos eram alterados no sentido de aumentar o tempo de internação de pacientes pelo SUS, ou seja, se o paciente ficava internado por um dia, a papelada constava como se ficasse três dias, por exemplo.
A suspeita é que essa prática acontecia há cerca de um ano, mas ainda não se sabe qual foi o prejuízo aos cofres públicos:
Ainda na tarde de ontem, Rubin se apresentou na Delegacia de Polícia do município para prestar depoimento, mas optou por permanecer em silêncio perante o delegado, Adriano de Rossi. Temporariamente, quem está à frente do hospital é Nelci Uliana. O Diário entrou em contato com ela por telefone, na tarde desta quinta-feira, mas Nelci informou que não iria comentar o caso.
Princípio de incêndio em empresa de asfalto deixa dois funcionários feridos
A Secretaria de Saúde do município confirmou, ainda, que a única ligação com o hospital é por meio de um contrato de prestação de serviços de sobreaviso, ou seja, quando as unidades básicas de saúde não estão funcionando (à noite, em feriados e nos finais de semana), a população pode procurar a Casa de Saúde para atendimento.
A OPERAÇÃO
Na manhã de ontem, a operação cumpriu três mandados de busca e apreensão: no hospital, na casa do diretor onde também funciona uma empresa, e em outro imóvel que pertence a ele. Além da documentação apreendida, que deverá ajudar a investigação a esclarecer detalhes de fraude, a Polícia Civil ainda apreendeu mercadoria que seria de origem paraguaia e seria revendida em comércio, além de munições para arma de calibre 22. Os produtos estrangeiros, que serão encaminhados para Receita Federal, vão desde eletrônicos, perfumaria e brinquedos.