operação sallitur visio

Atendimentos no hospital de Pinhal Grande seguem sendo feitos

Michelli Taborda

Foto: Polícia Civil (Divulgação)
Três mandados de busca e apreensão foram cumpridos pela Polícia Civil, ontem

Depois de ser alvo de uma operação da Polícia Civil contra fraude em documentos, na manhã de quarta-feira, a Casa de Saúde São José, em Pinhal Grande, segue realizando os atendimentos normalmente. A afirmação é do presidente da diretoria do hospital, Pio Scapin. Segundo ele, o hospital segue aberto e todas as pessoas estão sendo atendidas. Ontem, o diretor administrativo, Guilherme Rubin, foi afastado das atividades depois que a operação Sallitur Visio (expressão que vem do latim e significa aparências enganam) foi deflagrada. 

- O hospital segue aberto recebendo a população. Está tudo funcionando normalmente - comentou Scapin.

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Conforme as investigações, que começaram em novembro do ano passado, documentos de pacientes foram adulterados. A investigação apontou que pacientes que pagavam por consultas particulares eram relacionados como pacientes do Sistema Único de Saúde (SUS). Além disso, os documentos eram alterados no sentido de aumentar o tempo de internação de pacientes pelo SUS, ou seja, se o paciente ficava internado por um dia, a papelada constava como se ficasse três dias, por exemplo.

A suspeita é que essa prática acontecia há cerca de um ano, mas ainda não se sabe qual foi o prejuízo aos cofres públicos: 

Ainda na tarde de ontem, Rubin se apresentou na Delegacia de Polícia do município para prestar depoimento, mas optou por permanecer em silêncio perante o delegado, Adriano de Rossi. Temporariamente, quem está à frente do hospital é Nelci Uliana. O Diário entrou em contato com ela por telefone, na tarde desta quinta-feira, mas Nelci informou que não iria comentar o caso. 

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A Secretaria de Saúde do município confirmou, ainda, que a única ligação com o hospital é por meio de um contrato de prestação de serviços de sobreaviso, ou seja, quando as unidades básicas de saúde não estão funcionando (à noite, em feriados e nos finais de semana), a população pode procurar a Casa de Saúde para atendimento.

A OPERAÇÃO
Na manhã de ontem, a operação cumpriu três mandados de busca e apreensão: no hospital, na casa do diretor onde também funciona uma empresa, e em outro imóvel que pertence a ele. Além da documentação apreendida, que deverá ajudar a investigação a esclarecer detalhes de fraude, a Polícia Civil ainda apreendeu mercadoria que seria de origem paraguaia e seria revendida em comércio, além de munições para arma de calibre 22. Os produtos estrangeiros, que serão encaminhados para Receita Federal, vão desde eletrônicos, perfumaria e brinquedos. 

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