A sede da Federação da Agricultura do Rio Grande do Sul (Farsul) sediou reunião entre produtores de culturas que estão sendo afetadas pelo uso do agroquímico 2,4-d.
O objetivo foi estabelecer um ponto de equilíbrio para a utilização e aplicação terrestre do produto. Um laudo técnico elaborado pela Secretaria da Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento Rural e entregue ao Ministério Público do Estado, apontou que amostras coletadas estavam contaminadas pelo 2,4-d. As principais culturas prejudicadas foram as de uva, de oliveiras e de maçãs.
- Está claro que o problema existe e que precisamos encontrar uma alternativa - declarou o presidente da Farsul, Gedeão Pereira.
O secretário Covatti Filho disse que encaminhou um pedido para a criação de um grupo de trabalho formado por técnicos da área pública, entidades envolvidas e os Ministérios Públicos estadual e federal. A sugestão do Ministério Público foi a de regulamentar o uso de todos os agroquímicos, não apenas o 2,4-d. Também ficou definido que o inquérito terá continuidade em Porto Alegre, saindo da Promotoria de Justiça de Bagé, o que não retira a possibilidade de um de consenso entre as partes. Caso não haja acordo o processo será encaminhado para a esfera judicial.
O diretor do Departamento de Defesa Agropecuária, Antonio Carlos de Quadros Ferreira Neto, disse que a Secretaria da Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento Rural irá assumir o papel de liderar os trabalhos, e que os técnicos das cadeias envolvidas serão convidados para uma nova reunião.