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Vacinas excedentes de grupos de comorbidades poderão ser usadas para professores

Leonardo Catto

data-filename="retriever" style="width: 100%;">Foto: Renan Mattos (Diário)

A vacinação de professores no Rio Grande do Sul deu mais um passo nesta quarta-feira. Em reunião o Conselho das Secretarias Municipais da Saúde (Cosems) e a Secretaria da Saúde (SES) decidiram que os municípios podem usar doses que sobraram dos grupos de comorbidades para os trabalhadores da educação. Em Santa Maria, ainda não há definição acerca de sobra de doses. Na região, pelo menos Restinga Sêca já vacina esse público, ainda antes da orientação estadual.

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A imunização, contudo, depende da realidade de cada cidade. Não basta que sobrem doses das comorbidades. É preciso que o município tenha 90% de pessoas com comorbidades acima de 40 anos vacinadas. Segundo a SES, a distribuição é baseada em estimativas populacionais. No caso da faixa etária a partir dos 40 anos para a primeira dose, foi constatada baixa procura e, portanto, excedente de vacinas.

- Além disso, algumas pessoas podem estar sendo computadas em mais de um grupo prioritário, como profissionais da saúde idosos, ou com comorbidades, por exemplo. Esses números se sobrepõe, o que também explica que alguns municípios estão com sobras - diz a diretora de Atenção Primária e Políticas de Saúde da SES, Ana Costa.

Nos casos em que for possível começar o grupo dos trabalhadores da educação, a prioridade é quem trabalha na Educação Infantil. Entretanto, o Estado não tem uma ação focada em professores. Cada município tem autonomia para decidir se utiliza as doses excedentes para continuar vacinando comorbidades em faixas etárias menores ou se avança na imunização de outros grupos.

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SANTA MARIA
Segundo a prefeitura, como a cidade tem ações para pessoas com comorbidades a partir de 40 anos até sábado, somente depois disso poderá ser mensurado quantas doses irão sobrar. Na quinta-feira, a SES deve divulgar o documento de orientação aos municípios. A recomendação da reunião, a qual o secretário municipal da Saúde, Guilherme Ribas participou como vice-presidente do Cosems, é que os quantitativos sejam verificados.

O Executivo espera, ainda no sábado, estimar o dado e divulgar novas ações de vacinação para a próxima semana. Entretanto, não houve confirmação de que as vacinas serão utilizadas para profissionais da educação.

NA REGIÃO
Restinga Sêca já vacina professores desde terça-feira. Segundo a secretária municipal da saúde, Jocelaine Brauner, são utilizadas doses que sobraram do grupo das comorbidades, que já foi completo na cidade.

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A secretária representaria as cidades com menos de 20 mil habitantes na reunião do Cosems com a SES, mas não pôde participar devido a outro compromisso no Hospital de Caridade São Francisco, de Restinga Sêca.

As 20 doses já aplicadas foram sobras de doses da da vacinação dos portadores de comorbidades. Com essas doses, os professores são contatados e recebem a aplicação. O mesmo vai ser feita na quinta e sexta-feira, quando será realizada outra rodada de vacinação e as sobras irão para os professores.

Essas sobras são as doses remanescentes, chamadas de "xepas". Elas são doses que sobram nos frascos abertos ao final do dia e que não podem ser reaproveitadas no dia seguinte em função do tempo de conservação do produto após aberto.

Para os professores, segundo o Piratini, também poderão ser utilizadas as doses excedentes. Essas são as que ficam disponíveis depois de concluído 90% da população estimada do público prioritário, mas ainda fechadas.

OUTROS GRUPOS
Além dos professores, outras prioridades podem ser vacinadas com doses que sobram. Segundo a secretária estadual da saúde, Arita Bergamann, as doses destinadas para gestantes e puérperas, que tiveram a imunização suspensa, podem mudar de púbico-alvo. Essa mudança se dá depois que os lotes de vacinas que chegarão ao Rio Grande do Sul é menor que o esperado pela SES.

- Os municípios que tiverem doses excedentes da AstraZeneca que estavam destinadas às gestantes e puérperas, por exemplo, podem usar para vacinar os outros grupos, como pessoas privadas de liberdade, professores, serventes de escolas, merendeiras e outros profissionais da educação - diz Arita..

De acordo com o governo do Estado, o Ministério da Saúde anunciou, nesta quarta-feira, o envio de dois novos lotes de imunizantes para o Rio Grande do Sul. Serão 364.850 mil doses que chegam a Porto Alegre às 23h45min de quinta-feira, em voo da Azul.

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