conscientização

Programação da Semana da Amamentação vai reforçar a importância do aleitamento para mães e filhos

Dandara Flores Aranguiz


Foto: Charles Guerra (Diário)
A servidora pública Ravele Bueno Goularte não abre mão de amamentar a pequena Luiza. Segundo ela, o ato reforça os vínculos

Comemorada todo ano entre 1º e 7 agosto, em mais de 150 países, a Semana Mundial da Amamentação - celebrada desde 1992 no Brasil - reforça a importância do aleitamento materno para a saúde da mulher e para o crescimento e desenvolvimento das crianças. Com o slogan "Amamentação é a Base da Vida", o Ministério da Saúde lançou, ontem, a nova campanha em alusão ao tema. De acordo com o órgão, além de reduzir em 13% a mortalidade por causas evitáveis em crianças menores de 5 anos, a amamentação também reduz casos de diarreia, infecções respiratórias, hipertensão, colesterol alto, diabetes e obesidade.

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Um estudo publicado em 2016 pela Organização Mundial da Saúde (OMS) e pelo Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) mostrou que 823 mil mortes de crianças e de 20 mil mães poderiam ser evitadas a cada ano com a ampliação da amamentação. O mesmo estudo também mostrou que um aumento de 10% na amamentação exclusiva até os 6 meses ou continuada até os 2 anos de idade reduz a mortalidade infantil.

A pequena Luiza Goularte Lemos, de 1 ano e 10 meses, mamou exclusivamente no peito até os 6 meses, conforme as recomendações médicas. Para a servidora pública Ravele Bueno Goularte, 32 anos, mãe de Luiza, a amamentação por livre demanda (aleitamento sempre que o bebê quer) também reforça o vínculo entre mamãe e bebê.

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- Ela mama quando pede, não tem hora certa. Claro, agora, as mamadas são mais curtas, mas depende da vontade dela. Normalmente, ela mama umas 10 vezes ao dia. Quando ela ia para a escolinha, eu tirava o leite e mandava, e ela come súper bem, não vejo a necessidade de darmos outro leite. Ela não tem nem interesse. A amamentação também está ligada muito ao emocional da criança, pois ela me procura quando está irritada, com medo, com sono, é uma segurança para ela - comenta Ravele.

NÚMEROS NO BRASIL

De acordo com a OMS, depois dos seis meses, o leite materno deve ser mantido na alimentação do bebê, mas é a fase em que começa, também, a introdução de papinhas e outras alternativas, até que a criança complete 2 anos. No Brasil, os números indicam que essa recomendação está longe de ser seguida: somente 38,8% das crianças se alimentam exclusivamente do leite materno nos primeiros cinco meses de vida, taxa considerada abaixo do ideal.

- A gente sabe que, hoje, as mulheres amamentam em torno de 53 dias só no Brasil, exclusivamente. São muitos os fatores atrelados a isso. Vai desde o pré-natal, momento em que pouco se fala no assunto, passa também pelo incentivo dos profissionais e dos familiares, pois a mãe precisa de uma rede de apoio nessa fase, além dos mitos que se propagam por gerações e culturas. E outro fator importante é que a nossa licença-maternidade é de quatro meses. As mulheres que precisam trabalhar não conseguem manter essa rotina - ressalta Franceliane Jobim Benedetti, professora do curso de Nutrição e do Mestrado em Saúde Materno Infantil da UFN.

Santa Maria reduz índice de mortalidade infantil

Em Santa Maria, as atividades ocorrerão durante o mês de agosto (veja abaixo). O 1º Seminário Integrado de Aleitamento Materno será no dia 15. No dia 18, haverá o Mamaço, no Centro Desportivo Municipal (CDM), com diversas atividades e orientação com profissionais de saúde. 

1º SEMINÁRIO INTEGRADO DE ALEITAMENTO MATERNO

  • Quando - 15 de Agosto (quarta-feira), a partir das 8h
  • Onde - Salão de Atos do prédio 1, conjunto 1 (Rua dos Andradas, 1614, Centro) da Universidade Francisca (UFN)
  • Inscrições - Gratuitas, até o dia 13 de agosto, pelo site (no link "Eventos"). Contribuição para o evento no credenciamento: doações de roupas infantis, brinquedos, materiais de higiene e fraldas
  • Informações - (55) 3025-1202, ramal 9103

Programação 

  • 8h às 8h30min - Credenciamento
  • 8h30min às 9h - Mesa de abertura
  • 9h às 10h - Palestra: Aleitamento materno - o alicerce da boa saúde ao longo da vida
  • 10h às 10h20min - Intervalo
  • 10h20min às 11h50min - Mesa redonda: Contribuições das equipes de saúde, da família e da sociedade no sucesso do aleitamento materno
  • 12h às 13h30min - Intervalo para almoço
  • 13h30min às 14h20min - Palestra: Hora dourada
  • 14h20min às 15h - Palestra: Aleitamento para o bebê prematuro
  • 15h às 15h15min - Intervalo
  • 15h15min às 17h - Mesa redonda: manejo para o aleitamento materno e oficinas (serão ofertadas cinco opções de oficinas, com 20 vagas cada)

MAMAÇO

  • Quando - 18 de agosto (sábado), das 13h30min às 16h 
  • Onde - Centro Desportivo Municipal (CDM, Rua Appel, 795)
  • Programação - O momento contará com área de recreação para crianças, lanche comunitário, orientações com profissionais da saúde e sorteio de brindes a quem comparecer ao local

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