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Pfizer: saiba mais sobre a vacina que começou a ser aplicada em Santa Maria

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data-filename="retriever" style="width: 100%;">Fotos: Pedro Piegas (Diário)

A vacinação contra a Covid-19 iniciou no Brasil no dia 17 de janeiro com a aplicação das doses de CoronaVac e AstraZeneca. Em Santa Maria, as primeiras doses foram aplicadas dois dias depois. Além dessas duas vacinas, há também a Pfizer, que agora poderá circular pelas cidades com menor necessidade de estrutura, já que a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) aprovou, nesta sexta-feira, mudanças no protocolo de armazenamento do imunizante, o que deve facilitar a distribuição em todo o país. 

A partir de agora, o imunizante pode ser conservado e armazenado em temperaturas entre 2°C a 8°C por um prazo de até 31 dias. Anteriormente, a orientação era de que as vacinas da Pfizer fossem aplicadas em até cinco dias quando chegassem nas salas de vacinação, o que dificultava a logística e demandava mais planejamento das ações de vacinação por parte das prefeituras. Com a mudança, municípios que não teriam condições de armazenar os frascos nas temperaturas anteriormente prescritas, já o podem fazer. 

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De acordo com o governo do Estado, a distribuição ao interior de doses da Pfizer, que pouco tempo atrás estava concentrada na maior parte na Capital, deve ser simplificada devido a esse aumento de vida útil da vacina. 

Santa Maria já recebeu 840 doses do imunizante da Pfizer e aplicou, na quarta e na quinta-feira, em 591 gestantes e puérperas, sobreviventes da Kiss com comorbidades e pessoas com comorbidades. Ainda não há previsão da chegada de mais doses no município. Na última segunda-feira, cerca de 37 mil doses do imunizante ficaram no estoque da Central Estadual de Armazenamento e Distribuição de Imunobiológicos (Ceadi), em Porto Alegre, a pedido dos municípios, em função das especificidades das condições de armazenamento da vacina. Agora, as doses da Pfizer poderão ficar mais tempo dentro das salas de vacinação do Sistema único de Saúde (SUS). 

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A LIBERAÇÃO

Segundo o site da Anvisa, a agência avaliou os estudos de estabilidade apresentados pelo laboratório desenvolvedor da vacina, que servem para definir por quanto tempo e em quais condições a vacina mantém suas características sem alteração. O novo texto de bula estende de cinco para 31 dias o tempo para que a vacina seja mantida em temperatura controlada entre 2°C a 8°C. Antes da liberação dos frascos para a vacinação, as doses da Pfizer precisam ser armazenadas em caixas com temperaturas entre -25°C e -15°C por, no máximo, 14 dias. A mudança facilita a ampliação da distribuição da vacina em todo o país, já que, além das capitais dos estados, outros municípios que ficam até 2h30min distantes delas também poderão receber doses do imunizante. Nesta sexta-feira, o Ministério da Saúde anunciou a chegada de mais 2,3 milhões de doses da vacina da Pfizer nos primeiros dias de junho.

A Secretaria Estadual da Saúde (SES) do Rio Grande do Sul informou que ainda não tem um planejamento sobre distribuição da vacina para o interior gaúcho, mas ressaltou que a aprovação da Anvisa facilita as estratégias de distribuição, armazenamento e a aplicação do imunizante no interior do Estado.

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TEMPO ENTRE AS DOSES

  • Pfizer - 12 semanas (cerca de três meses) 
  • CoronaVac - entre 21 e 28 dias
  • Oxford/Astrazeneca: 12 semanas (cerca de três meses)

CARACTERÍSTICAS DA VACINA DA PFIZER

Condições de armazenamento

  • O imunizante da Pfizer é diferente de outros insumos adquiridos e distribuídos no SUS. Os chamados ultrafreezers são os mais indicados para o armazenamento da vacina. Nesses equipamentos, as doses ficam guardadas entre -90ºC e -60ºC, o que permite que durem por seis meses
  • As doses chegam ao Brasil em caixas de transporte específicas, com isolamento térmico e gelo seco que permite a manutenção de temperaturas entre -90°C e -60°C
  • É nessas temperaturas que as vacinas são armazenadas no Centro de Logística do Ministério da Saúde, em Guarulhos, assim que chegam ao Brasil. Os estados estão recebendo o imunizante entre -20°C e -15°C. Em freezers, nesta temperatura, o armazenamento pode ser feito por até duas semanas
  • Após sair da fábrica, estando nas caixas térmicas ou nos freezers de -25°C a -15°C, o lote pode ser levado de volta a um ultrafreezer, reassumindo a validade original de seis meses
  • O Ministério da Saúde pretende, em breve, enviar as vacinas da Pfizer aos estados nos próprios ultrafreezers. O governo federal possui em andamento um processo de compra de 183 Equipamentos, via Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS)
  • Essas temperaturas mais baixas do que precisam as doses das demais fabricantes são necessárias pois a vacina da Pfizer tem menos conservantes

O tipo de vacina 

  • No Brasil, a orientação do Ministério da Saúde é de um intervalo de 12 semanas (cerca de três meses) entre a primeira e segunda doses
  • Cada frasco tem capacidade para seis doses. Ele vem com 0,45 mL do produto, que para a aplicação precisa de diluição de mais 1,8 mL de soro fisiológico
  • É uma vacina do tipo RNA mensageiro (mRNA), ou seja, usa parte de uma sequência do código genético do vírus como se fosse uma "receita" para o organismo produzir anticorpos.
  • Estudos clínicos comprovaram uma taxa de eficácia de 95% após as duas doses
  • Reações adversas mais comuns incluem dor no local da aplicação, fadiga e dor muscular (raramente chegando a apresentar febre), que costuma aparecer em até 24 horas e apresentar melhora em até 48 horas

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