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O inverno pode ser uma oportunidade de experimentar novas práticas como o Ioga

Dia 21 de junho, é o momento em que a estação mais fria do ano dá as caras oficialmente, e na mesma data é comemorado o Dia Internacional do Ioga, um momento para celebrar e relembrar dos benefícios que a prática pode proporcionar para o seu bem-estar. Esse é um recurso que trabalha o corpo e a mente que pode ser utilizado por qualquer pessoa.


Desde 2003 o Ioga é patrimônio imortal da humanidade, e por isso em todos os lugares do mundo as pessoas estão praticando e ministrando aulas. Aqui em Santa Maria não é diferente. Por meio de uma parceira da Casa Círculo com o Espaço Anahata, duas professoras vão proporcionar esta experiência de forma gratuita para quem quiser conhecer mais sobre essa prática milenar que surgiu na Índia. As inscrições são gratuitas e as vagas limitadas.


Em um mundo em que somos estimulados a todo o momento, em que muitas vezes é difícil descansar ou até mesmo silenciar a mente, a prática do Ioga, convida as pessoas a deixarem as preocupações do lado de fora e se conectar com o corpo e com a mente durantes as aulas, afinal, é no silêncio, em um estado de consciência, que percebemos é e está no tempo certo e que os problemas não vão sumir, mas que podemos aprender a lidar com as adversidades da vida de outra forma.


— Temos que desconstruir muita coisa ainda, o Ioga, não é do povo Namastê, do povo Hippie, temos que ter consciência de que estamos no caminho correto, no caminho do pensamento correto. No dia internacional do Ioga a ideia é falar sobre a simplicidade dessa ferramenta que pode mudar o seu estilo de vida. É claro que existe muito estudo, teoria e a prática. São oito passos, como se fosse uma receitinha de como ter uma vida mais saudável, não ignorando que existe um corpo físico, um corpo emocional, energético, e mental. Podemos até dizer que se começa pelo corpo e pelas posturas, mas são apenas alguns dos aspectos, vai mais além, é uma conexão interna, com o seu eu, faz bem para saúde e para mente — explica Denise Braga Lopes, professora de Ioga, de inglês e jornalista.



Ainda conforme Denise, desde março deste ano, o Ioga faz parte das Práticas Integrativas e Complementares (PICS), que são tratamentos que utilizam recursos terapêuticos baseados em conhecimentos tradicionais, voltados para prevenir diversas doenças como depressão e hipertensão. Em alguns casos, também podem ser usadas como tratamentos paliativos em algumas doenças crônicas. Atualmente, o Sistema Único de Saúde (SUS) oferece, de forma integral e gratuita, na cidade de Agudo. Os atendimentos começam na Atenção Básica, principal porta de entrada para o SUS. Evidências científicas têm mostrado os benefícios do tratamento integrado entre medicina convencional e práticas integrativas e complementares. Além disso, há crescente número de profissionais capacitados e habilitados e maior valorização dos conhecimentos tradicionais de onde se originam grande parte dessas práticas.


— A prefeitura recebe uma verba do Governo Federal para oferecer este serviço para a população. Funciona assim, o paciente vai até um local de atendiemento, relata seu problema e é encaminado para exames, pode fazer uso de medicação, mas o interessante é que lá tenha um equipe multidisciplinar com psicóloga e outros serviço de saúde que também são oferecidos — acrescenta.


A psicóloga Cátia Martini começou a praticar em outubro do ano passado e percebeu que não tinha flexibilidade no corpo, mas sabia que tudo fazia parte do processo. Ela mudou a alimentação e quando consegue pratica em casa com a filha, mas o Ioga possibilitou uma nova visão para lidar com a profissão.


— Na psicologia também existe um tempo de evolução do paciente, assim como o tempo do praticante do Ioga. Eu encontro muitas questões com Freud e Lacan que se unem neste trabalho, inclusive possibilitou uma escuta maior como profissional, porque eu também consegui silenciar e aquietar os pensanementos para eu poder possibilidar saúde mental para os pacientes e para mim – disse Cátia.


O Ioga nos leva justamente a essa descoberta, nos leva pelo caminho do autoconhecimento, nós somos a nossa mente e durante as aulas entendemos que a mente são as emoções, sentimentos e pensamentos e que estes são alimentados pelos cinco sentidos, que é como percebemos o mundo a nossa volta. Desde que começou a estudar mais e praticar, a Larissa Knapp Cândido que é médica, percebe que a vida está mais leve.


— Para mim é um caminho sem volta, eu amo, é maravilhoso, eu me tornei mais leve, claro que tudo é uma construção. O mais importante é ter percepção e consciência dos atos. Sobre a questão de fazer as posturas, tem vezes que não consegui fazer, fiquei brava, outras vezes vim e fiquei mais leve, então tudo é um processo. Eu saio daqui pronta para o dia. A gente só pode mudar a nós mesmos, eu me melhorar para ser menos reativa e ter mais entendimento das atitudes das pessoas, porque estão agindo assim — comenta Larissa.


Depois de inspirar, concentrar e exalar, vem a hora do relaxamento e da meditação, um dos motivos que trouxe a Liz Andreia Comis ser integrante do grupo.


— Eu entendi que a minha falta de flexibilidade mental, essa ideia de que eu teria que ter controle sobre tudo, estava muito ligada a falta de flexibilidade física. E é isso que eu levo do tapetinho para fora, eu estou me tornando com o tempo mais flexível aqui e lá fora e é incrível como a gente consegue com o Ioga juntar tudo, trabalhar, corpo, mente, espírito. É fascinante, eu ainda sou iniciante e tem me encantado muito — revela a empresária.


  • O quê - Dia Internacional do Yoga e Solstício de Inverno
  • Onde - Casa Círculo (Rua Amâncio Pires de Arruda, 835, Bairro Campestre do Menino Deus)
  • Quando- 18h
  • Inscrições - pelo Instatgram @anahatayoganatureza ou pelo telefone (55) 99195 -5040 (vagas limitadas)

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