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MPF quer que Regional seja hospital de campanha

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data-filename="retriever" style="width: 100%;">Foto: Gabriel Haesbaert (Diário)

Frente aos avanços dos casos do novo coronavírus por todo o Brasil, que nesta terça-feira registrou a primeira morte em São Paulo, o Rio Grande do Sul e, por tabela, Santa Maria, traçam estratégias que possam, ao máximo, retardar o avanço da pandemia que, até o momento, contabiliza três casos suspeitos na cidade. No fim da tarde de terça-feira, veio um alento às autoridades públicas. O governo do Estado confirmou a inclusão de Santa Maria no Plano de Contingência e Ação, elaborado pelo Piratini, para os casos do coronavírus.

Isso se dá uma semana depois de o Executivo gaúcho anunciar que os municípios de Santiago, de São Gabriel e de Rosário do Sul figuravam nesta lista de unidades referenciadas, mas Santa Maria, não. Agora, então, com a inclusão do Hospital Universitário de Santa Maria (Husm) no rol de unidades referenciadas, o Universitário terá, de forma imediata, cinco novos leitos de UTI (com respiradores) e ainda a liberação de equipamentos de apoio (como máscaras, luvas). 

Mesmo assim, ainda é preciso mais. A avaliação é de representantes do Ministério Público Federal (MPF) e do Ministério Público Estadual (MPE) que sustentam a necessidade de traçar caminhos para que Santa Maria esteja mais guarnecida no front da batalha contra o coronavírus. 

- Temos tentado agilizar um conjunto de medidas preventivas e de contenção e ainda de assistência médica, junto à população. A regra, basicamente, é do isolamento em casa e sair apenas em compromissos inadiáveis. Sem dizer dos cuidados, que devem ser permanentes, quanto à higienização.

HOSPITAL DE CAMPANHA
Uma aposta, explica a procuradora da República da República Bruna Pfaffenzeller, está em viabilizar a abertura, a curto prazo, de 10 leitos de UTI junto ao Hospital Regional de Santa Maria, que está em funcionamento desde julho de 2018 e que oferta apenas dois ambulatórios pelo SUS. Ela explica que, além dessa situação, a ideia é fazer com que o Regional seja um "hospital de campanha", que são estruturas empregadas em tempos de guerra.

Com menos de dois anos de funcionamento, a estrutura do empreendimento, que custou R$ 70 milhões e que tem ainda R$ 36,6 milhões à disposição para ser totalmente equipado, ainda segue sem ser utilizada na totalidade:

- Com uma estrutura de 20 mil m², e apenas 8 mil deles utilizados e ocupados, há ainda 12 mil metros ociosos e que, em tese, poderiam ser ocupados para essa situação que é de excepcionalidade. O Regional poderia ser e concentrar, ali, um hospital de campanha. Esses que são montados para assegurar o primeiro atendimento e concentrando os esforços de todos os profissionais da saúde. É algo que estamos vendo com a Secretaria Estadual de Saúde.

Além disso, o MPF também tem pleiteado que a Central de UTIs, que fica em anexo ao Husm, e que está parada desde junho de 2018, possa ser finalizada. A obra, que está 70% feita, contabiliza uma série de licitações desertas e de empresas sem interesse em retomar os serviços. Seriam necessários R$ 4,8 milhões para terminar a Central de UTI. A ideia, sustenta a procuradora, é dada o contexto de pandemia viabilizar uma dispensa de licitação:

- Pelo cronograma inicial, a obra seria concluída em até oito meses. Com isso, a ideia é que se reduzisse esse prazo para 60, 90 dias. Em havendo uma empresa que o fizesse, o objetivo seria que essa empresa trabalhasse 24h para concluir a Central de UTIs.

LEITOS E KITs
Ainda hoje, a procuradora do MPF e o promotor Fernando Chequim Barros estarão reunidos com representantes de hospitais das redes pública e privada. A ideia é ter um mapeamento o mais fidedigno do número de leitos de UTI, normais (de isolamento) e com capacidade de isolamento respiratório para receber eventuais casos da doença.  

Outro problema, no momento, é quanto à insuficiência de kits que consigam fazer os testes em pacientes com suspeitas de estar com o Covid-19. O que, conforme a procuradora, "isso é importante para saber o nível do grau de resposta estatal que precisa ser dado à pandemia e, ainda, as medidas de enfrentamento".

LEITOS no HUSM
Ao ser incluído entre os municípios referenciados pelo Estado, o Husm avalia que a medida possibilitará dar agilidade à reposição de equipamento de proteção individual (EPIs) - como luvas, máscaras - e aparelhos de apoio aos cinco novos leitos de UTI. Hoje, o Husm tem 45 leitos (adulto, pediátrico, neonatal e coronariano). Os novos leitos ficarão em uma ala isolada próximo do Pronto-Socorro (PS) do Husm, explica a superintendente do hospital, Elaine Resener.

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