Mediação

Hospitalizações pelo SUS pautam reunião entre políticos e gestores de saúde em Santa Maria

Arianne Lima

data-filename="retriever" style="width: 100%;">Foto: Pedro Piegas (Diário)

Na tarde desta sexta-feira, os presidentes da Assembleia Legislativa, Valdeci Oliveira (PT), e da Câmara Municipal de Vereadores, Valdir Oliveira (PT), gestores e representantes de instituições da área da saúde participaram de uma reunião pública em Santa Maria.

Ao Diário, Valdeci Oliveira falou sobre a expectativa para este encontro, que visa, entre outros assuntos, tratar sobre o Hospital Universitário de Santa Maria (HUSM), que permanece com o Pronto-Socorro fechado e atendendo com o dobro da capacidade há nove dias. 

- Eu espero que, no mínimo, possamos sair daqui sinalizando caminhos de curto e médio prazo para esse tema, que não é de hoje. É recorrente e nós não podemos continuar a cada período com essa situação que agrava todo o sistema, que quase entra em colapso. Porque quem perde realmente com isso são as pessoas que precisam ser atendidas - afirma.

A mesa do plenário da Câmara foi composta pelo superintendente da Husm, Humberto Palma, a procuradora da República do Ministério Público Federal em Santa Maria, Bruna Pfaffenzeller, o diretor do Hospital Regional, Geison Rosa Farias, a presidente do Conselho Municipal de Saúde, Maria do Carmo Quagliato, o secretário municipal de Saúde, Guilherme Ribas e a juíza e coordenadora do Comitê Regional de Saúde, Ana Paula da Silva Tolfo. 

Participaram virtualmente da reunião a coordenadora adjunta da 4ª Coordenadoria Regional de Saúde em Santa maria (4ª CRS), Carla Luciane Boniatti e o diretor do Departamento de Regulação Estadual da Secretaria da Saúde, Eduardo Elsade. 

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DEBATE

Em 2021, o fechamento do Pronto-Socorro do Husm ocorreu 31 vezes. A medida, que sempre é temporária, foi a solução encontrada até o momento para normalizar os serviços dos hospital. Há mais de uma semana, a ala, que conta com 23 leitos de retaguarda e 6 leitos para receber e estabilizar casos de emergência, tem trabalhado acima do dobro da capacidade. Ao citar a situação do Husm, a presidente do Conselho Municipal de Saúde, Maria do Carmo Quagliato, mostrou-se aflita com a situação:

-Não dá mais para esperar. As pessoas estão morrendo - enfatiza. 

A possibilidade citada por muitos dentro e fora do plenário é a ampliação de leitos no Hospital Regional, instituição que pode comportar pacientes do Husm e demais hospitais, evitando o surgimento de novas superlotações.Por vez, o diretor do Regional, Geison Rosa Farias, informou que o hospital trabalha com 49% de ocupação do hospital e se colocou a disposição para ajudar no que for necessário, fazendo uma sugestão aos presentes:

-Acho que o importante da reunião é tirarmos um momento para os hospitais da cidade e representantes sentarem e entenderem o que está acontecendo. Ter um caminho e um norte. É isso que eu proponho - ele ainda reforça - O que podermos ajudar o Husm na questão de leitos, nós vamos ajudar.

O superintendente do Husm, Humberto Palma, que além de discursar, ouviu os relatos dos representantes e de profissionais da saúde, afirma que, neste momento, espera que os hospitais abram as portas para receber nos leitos de retaguarda os pacientes que tem condições de sair. Para ele, o grupo formado na tarde desta sexta-feira possibilitará isso:

-O Pronto-Socorro será aberto dependendo da dinâmica da doença e dos acontecimentos. Mas, essas reuniões irão nos possibilitar planejar a saúde regional. Mais do que propriamente ou pontualmente resolver as questões do município. Então, nesse sentido, eu acho que vai ajudar muito. Essa equipe vai trazer muitas novidades e muitas ações. 

data-filename="retriever" style="width: 100%;">

PRÓXIMOS PASSOS

Segundo a procuradora da República do Ministério Público Federal em Santa Maria, Bruna Pfaffenzeller, que ficará a frente da iniciativa a partir de agora, a próxima reunião não será pública e deve ocorrer na semana que vem, na sede do Ministério Público Federal. Ao Diário, ela comentou sobre a missão do grupo:

-Nosso objetivo é, na próxima semana, compatibilizar as agendas, porque eu sei que os vereadores da comissão tem horários específicos de reunião, sabemos que os hospitais precisam se organizar. Mas, vamos fazer esse agendamento, vamos comunicar todos os interessados e vamos conversar focados inicialmente nessa contra referência. O principal agora é nos fortaleceremos enquanto órgãos, para que cada qual atuando em sua competência possa produzir um resultado útil e realmente profícuo para a nossa sociedade em geral, que está demandando isso - comenta. 

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