Dos 20 casos confirmados de dengue em Santa Maria, 18 foram contraídos na cidade

data-filename="retriever" style="width: 100%;">

data-filename="retriever" style="width: 100%;">Foto: Renan Mattos (Arquivo/Diário)

A Vigilância em Saúde de Santa Maria confirmou, na manhã desta quinta-feira, que a cidade possui 20 casos de dengue confirmados até agora. Desses, 18 são autóctones (quando a doença é contraída no município onde a pessoa vive) e dois são importados (quando a pessoa contrai a doença em outro município). Até o começo da manhã desta quinta-feira, todos os pacientes apresentavam sintomas leves da doença e são monitorados pelas Unidades Básicas de Saúde (UBSs) de referência. Além disso, há 18 casos suspeitos de infecção pelo mosquito Aedes aegypti. No dia 30 de março, a cidade tinha sete casos confirmados da doença.

Site permite que hospitais façam simulações sobre ocupação dos leitos de UTI

Os números preocupam a prefeitura e devem servir de alerta para a população. Santa Maria é considerada como município infestado desde 2013. Porém, os poucos casos registrados até então eram importados, ou seja, vindos de fora da cidade. Agora, o que diferencia é que os casos são autóctones, isto é, com registro de contaminação dentro do próprio município. Os sintomas da dengue incluem febre alta, dor no corpo, dor nas articulações, dor de cabeça e dor atrás dos olhos, além de manchas pelo corpo em alguns casos. O método mais eficaz para evitar a contaminação é impedir a circulação do mosquito.

Chega a 12 o número de mortes pelo coronavírus no RS

- Sabíamos que era questão de tempo para que esses casos autóctones chegassem em Santa Maria. Por isso, é que o trabalho de combate ao mosquito da dengue é contínuo. Mas, de nada adianta as aplicações ou reaplicações de inseticidas se a população não ajudar. Assim como o trabalho do poder público não para, as limpezas nos pátios das residências também não podem parar - explica o superintendente da Vigilância em Saúde do município, Alexandre Streb.

Dois prefeitos da região reduzem salário para investir no combate ao coronavírus

Uma força-tarefa já vem sendo realizada pela prefeitura. Desde a semana passada, foram reforçadas as ações de aplicação de inseticida nas regiões com mais registros de focos de mosquito da dengue. Nesta quarta-feira, a Vigilância Ambiental da 4ª Coordenadoria Regional de Saúde (4ª CRS) realizou a segunda aplicação de inseticida em 40 quadras do Bairro Nova Santa Marta. Na terça-feira, 11 quarteirões no Bairro Rosário também receberam aplicação de inseticida. O objetivo é realizar o bloqueio de transmissão viral, uma vez que foi ampliada a área em relação à primeira aplicação. O intervalo entre as ações foi de quatro dias. As aplicações também ocorreram no Bairro Camobi.

No último dia 3, o Centro Estadual de Vigilância em Saúde (Cevs) confirmou a primeira morte do ano causada por dengue no Rio Grande do Sul. A vítima foi uma idosa de 70 anos que morava em Santo Ângelo. De acordo com as informações divulgadas pela Secretaria Estadual de Saúde, a idosa apresentou sintomas hemorrágicos e não resistiu. Esta é a segunda morte por dengue que ocorre no Estado. O primeiro caso foi registrado em 2015. De acordo com o governo estadual, há focos de Aedes aegypti em 377 municípios gaúchos.

Além da população realizar a limpeza dos locais de convívio, mantendo piscinas tratadas o ano inteiro, guardando garrafas vazias viradas para baixo e pneus sob abrigo para não acumular água parada, podem ser feitas denúncias de possíveis focos do mosquito da dengue exclusivamente pelo site da Ouvidoria. Confira, abaixo, alguns cuidados para evitar a proliferação.

Casos autóctones