
Em Santa Maria, mais de 40 mil estudantes iniciaram o ano letivo nesta semana nas redes privada e pública de Ensino. Com o retorno para as salas de aula, surge também a preocupação de pais ou responsáveis com a saúde de crianças menores.
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Em entrevista ao programa Fim de Tarde, da Rádio CDN, o médico pediatra e diretor da Cauzzo Mais, Gilmor Farenzena, abordou questões sobre imunidade e saúde infantil neste período.
Imunidade
Embora complexo, o sistema imunológico humano é composto por dois tipos de imunidade classificados como inata e adquirida.
– Quando bebês, nasce-se com defesa contra algumas situações que são restritas. Na medida em que a criança vai crescendo, ela vai entrando em contato com outros agentes e começa a desenvolver o que chamamos de imunidade adquirida – explica Farenzena.
O segundo tipo de imunidade também pode ser obtido a partir da aplicação de vacinas. Para médico pediatra, o método é considerado um reforço importante na imunidade dos pequenos.
– O Brasil tem o Programa Nacional de Imunização, que é uma referência mundial há mais de 40 anos. É um programa extremamente exitoso e é fundamental que as pessoas se vacinem. Independente de governos, o Ministério da Saúde tem um quadro técnico bem preparado. Então, temos que acreditar que eles não colocariam uma vacina para ser aplicada em crianças se ela não fosse segura. Como eu sempre digo: a gente só se arrepende das vacinas que não fez – destaca Farenzena.
Considerando o processo, o especialista reforça que a exposição de crianças a determinadas doenças e viroses é algo natural, podendo ocorrer principalmente em creches, pré-escolas ou escolas formais.
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Quando buscar ajuda?
Farenzena afirma que a maior parte dos problemas de saúde na infância não leva a quadros graves, mas é preciso estar atento:
– Um quadro viral simples, na maioria das situações, vai se resolver. Toma bastante água e descansa. Agora, temos um percentual que pode complicar. Todo o resfriado, quando atinge alguém, impacta no sistema imunológico. E o sistema da criança está em construção. Então, temos que evitar a complicação e isso significa observar a criança.
Durante a entrevista, o médico pediatra elenca alguns sinais e sintomas que podem servir de referência para que os pais tomem providências:
– Se uma criança tem uma febre de 37,6ºC ou 37,8ºC, está bem, brincando e se alimentando, não tem necessidade de levar ela em uma consulta. Agora, se a febre não passou em 24h ou 48h e a criança começa a se sentir mais indisposta, não brinca, não interage direito ou não se alimenta, está na hora de procurar um profissional.
Além da vacinação, Farenzena recomenda que os pais ou responsáveis cuidem para que as crianças tenham bons hábitos com relação a alimentação, sono e higiene.
– O período de formação das crianças começa dentro do útero. Não é depois. Então, aquela mãe que está grávida deve ter uma alimentação, atividades e postura adequadas. As crianças, na medida que crescem, devem agir da mesma maneira – conclui o pediatra.