Husm zera fila de espera por colocação de marca-passo e avança em programa nacional

Foto: Eduardo Ramos (arquivo/Diário)

O Hospital Universitário de Santa Maria (Husm) alcançou um marco importante ao zerar a fila de espera para a colocação de marca-passos no final do ano de 2023. Essa conquista possibilitou que a instituição avançasse no Programa Nacional de Redução das Filas de Cirurgias Eletivas, Exames Complementares e Consultas Especializadas (PNRF). O Husm é referência para mais 40 municípios gaúchos nos atendimentos de urgência/emergência, sendo habilitado como Unidade de Alta Complexidade Cardiovascular.

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Em 2023, 107 procedimentos entre implantes de marca-passo e trocas de gerador de marca-passo foram realizados no hospital, a partir do Sistema Único de Saúde (SUS), sendo 57 provenientes do Pronto Socorro e 50 eletivos.  Além do PNRF, o Husm está inserido em outras políticas do Ministério da Saúde, como a Política Nacional de Humanização (PNH), as Redes Cegonha e de Urgência e Emergência. 

Marca-passo

O marca-passo cardíaco é utilizado para tratar alterações nos batimentos do coração, principalmente relacionadas à bradicardia (ritmo cardíaco irregular ou lento). 

– O dispositivo consiste em um gerador de impulsos elétricos e eletrodos (ventricular ou atrial e ventricular). Ele funciona monitorando os batimentos cardíacos e estimulando o coração conforme a necessidade e programação do dispositivo – explica a médica cardiologista eletrofisiologista, Carolina Pelzer Sussembach. 

O trabalho foi feito pela equipe de Cardiologia e Cirurgia Cardiovascular, em conjunto de uma equipe interdisciplinar, incluindo a coordenação de Carolina; da chefe da Unidade do Sistema Cardiovascular, Laura Quoos Dotto; da equipe do Núcleo Interno de Regulação, sob orientação da enfermeira Carla Simone Palmeira; do Centro Cirúrgico; da Farmácia de Materiais, entre outras equipes.

A cirurgia, que dura em torno de uma hora e apresenta baixa taxa de complicações, é indicada em casos de: 

  • bloqueios atrioventriculares avançados (quando o coração pode bater de forma lenta, irregular ou das duas formas)
  • doença do nodo sinusal (anormalidade no marca-passo natural do coração que causa uma redução da frequência cardíaca)
  • fibrilação atrial com baixa resposta ventricular e cardiomiopatia hipertrófica (quando o miocárdio aumenta de tamanho), entre outros. 

No Rio Grande do Sul, 18 hospitais realizam a cirurgia para implantar o dispositivo ou substituir a bateria. O SUS oferece cobertura para procedimentos relacionados ao marca-passo, porém é necessário passar por avaliação médica para determinar a necessidade do dispositivo. 

Após a cirurgia, o paciente pode retomar suas atividades habituais após 30 dias. Além disso, é importante que os portadores de marca-passo estejam cientes dos cuidados necessários em diferentes ambientes. Por exemplo, no ambiente doméstico, aparelhos eletrônicos como micro-ondas, colchões magnéticos e aparelhos sonoros dotados de ímãs potentes podem interferir no funcionamento do dispositivo. 

Para garantir o bom funcionamento, o marca-passo depende de uma bateria com duração média de 10 anos, sendo necessário trocá-la pelo menos seis meses antes do prazo terminar.

Programa

O Programa Nacional de Redução das Filas de Cirurgias Eletivas, Exames Complementares e Consultas Especializada foi criado por meio da Portaria 90, de 3 de fevereiro de 2023. A iniciativa busca ampliar a realização de cirurgias eletivas em todo o país, assim como reduzir a fila de exames e consultas especializadas. 

Entre março e outubro de 2023, mais de 350 mil cirurgias foram realizadas em todo o país, o que corresponde a 70% da meta do programa. Inicialmente, a vigência da iniciativa iria até fevereiro de 2024, mas o Ministério da Saúde resolveu prorrogar até fevereiro de 2025.  

Além disso, a pasta dobrou o orçamento para 2024, com base na Portaria 2.336, de 12 de dezembro de 2023. O recurso a ser repassado aos estados e ao Distrito Federal será de R$ 1,2 bilhão, sendo considerado o tamanho de cada população, segundo os números do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). 

*com informações da coordenadoria de comunicação social do Husm e Ministério da Saúde

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