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108 mil doses de vacina da Pfizer serão distribuídas aos municípios nesta segunda-feira

data-filename="retriever" style="width: 100%;">Foto: Cristine Rochol (Prefeitura de Porto Alegre/Divulgação)

Matéria atualizada em 20 de maio de 2021, às 16h55min

As 108 mil doses da vacina Pfizer que estão no Rio Grande do Sul serão entregues a todas cidades gaúchas na segunda-feira. Nesta quinta-feira, uma capacitação online foi feita a vacinadores sobre as especificações e aplicação do imunizante.  O treinamento específico para a vacina da Pfizer é necessário por essas doses terem características específicas e diferenciadas de armazenamento, manuseio e aplicação. O número de doses de Pfizer por município está sendo finalizado e será divulgado até segunda-feira.

QUEM DEVE TOMAR VACINA
Essas doses da Pfizer que serão entregues têm, por parte da Secretaria Estadual de Saúde (SES), orientação para utilização de primeira dose para pessoas com deficiência permanente que tenham entre 18 e 59 anos cadastradas no Benefício assistencial à pessoa com deficiência (BPC) do Governo Federal (estimadas em 42.570 pessoas), pessoas com comorbidades na faixa etária de 38 e 39 anos (58.994 pessoas, sendo que acima dessa idade já tiveram doses disponibilizadas pelo Estado) e gestantes com comorbidades e/ou gestantes sem comorbidades que apresentem indicação médica de avaliação dos riscos e benefícios.

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Aos municípios, um dos pontos ressaltados na capacitação ministrada por consultores da farmacêutica foram os prazos de armazenamento e utilização. Os municípios receberão suas doses refrigeradas (entre 2°C e 8°C). Nesta temperatura, as doses podem ficar por até cinco dias (120 horas).

AGENDAMENTO
Por essa limitação, a orientação do Centro Estadual de Vigilância em Saúde (Cevs) é que os municípios realizem agendamento prévio das pessoas a serem imunizadas. Da mesma forma, não é recomendada a estratégia de vacinação fora de Unidades Básicas de Saúde, como em drive-thru, por exemplo. Na sala da vacina, após o frasco ser tirado do refrigerador e diluído, as doses dever ser aplicadas em até seis horas.

EM SANTA MARIA
A prefeitura foi notificada pela SES sobre as doses, que devem chegar já na segunda-feira. Entretanto, não é definição sobre o quantitativo disponível para o município. Santa Maria prioriza os mesmos grupos determinados pelo Estado. Sem dar detalhes, o Executivo confirmou que há equipamentos para armazenar a vacina da Pfizer do modo que for necessário.

A logística para vacinar com a Pfizer será mais bem definida quando for conhecido o montante de doses. A partir disso, será avaliada a necessidade de um pré-cadastro, por exemplo.

CONDIÇÕES
As doses da Pfizer chegam ao Brasil em caixas de transporte específicas, com isolamento térmico e gelo seco que permite a manutenção de temperaturas entre -90°C e -60°C por até 30 dias. Em freezers, com temperatura entre -25°C e -15°C, o armazenamento pode ser por até duas semanas. Em freezers de temperatura ultrabaixa (entre -80ºC e -60°C) as doses podem ficar por até seis meses. Após sair da fábrica, estando nas caixas térmicas ou nos freezers de -25°C a -15°C, o lote pode ser levado de volta a um ultrafreezer, reassumindo a validade original de seis meses. Essas temperaturas mais baixas do que precisam as doses das demais fabricantes são necessárias pois a vacina da Pfizer tem menos conservantes.

SERINGAS E DILUENTES
Além desse lote com mais de 108 mil doses, os municípios do Estado receberão quantitativo necessário de seringas e diluentes (soro fisiológico). A distribuição desses insumos já começou nesta semana e deve ser concluída junto com o envio das vacinas na segunda-feira.

ARMAZENAMENTO
A Pfizer obteve nesta semana aprovação das autoridades de saúde dos Estados Unidos e Europa para que o imunizante tenha permissão para ser armazenado na temperatura de geladeira, entre 2ºC e 8ºC, por um período de 30 dias, desde que o frasco não tenha sido aberto ainda. Essa é uma autorização que ainda não é valida para o Brasil. Porém, as consultoras que ministraram a capacitação nesta quinta-feira adiantaram que a empresa deverá entregar nos próximos dias à Agência de Vigilância Sanitária (Anvisa) a documentação e estudos que apontam a segurança por esse período maior. Tão logo haja uma decisão a respeito, as normas vigentes serão atualizadas pela agência e deverá haver nova instrução do Ministério da Saúde aos Estados e municípios.

 INFORMAÇÕES SOBRE A PFIZER

  • Podem vir rotuladas como Pfizer-BioNTech, se produzidas na Bélgica, ou Comirnaty, que é o nome comercial usado na fábrica dos Estados Unidos. A vacina será distribuída no Brasil apenas com embalagem em inglês, mas a empresa dispõe de um site em português com conteúdos voltados para profissionais de saúde (comirnatyeducation.com.br).
  • Cada frasco tem capacidade para seis doses. Ele vem com 0,45 mL do produto, que para a aplicação precisa de diluição de mais 1,8 mL de soro fisiológico.
  • É uma vacina do tipo RNA mensageiro (mRNA), ou seja, usa parte de uma sequência do código genético do vírus como se fosse uma "receita" para o organismo produzir anticorpos.
  • Estudos clínicos comprovaram uma taxa de eficácia de 95% após as duas doses.
  • No Brasil, a orientação do Ministério da Saúde é de um intervalo de 12 semanas (cerca de três meses) entre a primeira e segunda doses.
  • Reações adversas mais comuns incluem dor no local da aplicação, fadiga e dor muscular (raramente chegando a apresentar febre), que costumar aparecer em até 24 horas e apresentar melhora em até 48 horas

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