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Mais três regiões do Estado levam alerta e terão de aplicar medidas mais rígidas

data-filename="retriever" style="width: 100%;">Foto: Itamar Aguiar (Piratini/ divulgação) 

O Gabinete de Crise do governo do Estado autorizou, nesta quinta-feira, a emissão de mais três alertas para três regiões do Estado. O alerta, que é o indicador de maior gravidade no novo sistema do governo do Estado, o Sistema 3As, exige que, em até 48 horas os municípios adotem regras mais rígidas para conter o coronavírus. 

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Na noite de quarta-feira, o GT responsável pela análise de cenários sugeriu quatro alertas, incluindo também a região de Erechim, mas só três foram autorizados pelo gabinete de crise: Santa Rosa, Palmeira das Missões e Uruguaiana. As três já tinham recebido, na terça-feira, o aviso, que é a primeira indicação do governo. De lá para cá, o cenário piorou, o que justifica o alerta (veja os detalhes abaixo). 

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Agora, o Estado tem oito regiões em nível mais crítico de casos confirmados e/ou hospitalizações e mortes pela doença. Além das três anunciadas nesta quinta-feira, Cachoeira do Sul, Cruz Alta, Ijuí, Passo Fundo e Santo Ângelo já tinham alerta desde a terça-feira. Caçapava do Sul, cidade da Região Central e que integra a área Covid-19 de Cachoeira do Sul, já restringiu horários e regras no município, incluindo a suspensão de aulas presenciais. 

O QUE É O NOVO SISTEMA?
Foi criado em maio deste ano, um ano depois do modelo do Distanciamento Controlado. Chamado pelo governo do Estado de Sistema 3As, entrou em vigor para substituir a classificação por cores

Toda quarta-feira, um grupo de trabalho (GT) de integrantes do governo do Estado e pessoas da área da saúde se reúne e analisa os indicadores de cada região. Após a análise, o GT pode classificar cada região em três cenários e apresenta o resultado ao Gabinete de Crise do Estado, que também se reúne nas quartas-feiras:

  • Primeiro A = Aviso: a região não se enquadra em um caso mais grave mas precisa intensificar os cuidados para não evoluir para uma condição pior
  • 2 As = Aviso e Alerta: alerta é quando o número de hospitalizações e/ou média de casos ou mortes é preocupante e acima da média estadual. Neste caso, os municípios recebem um parecer de dados e números sobre a situação da região. Neste cenário, os prefeitos e região precisam agir
  • 3 As = Aviso, Alerta e Ação: ação significa que os decretos devem entrar em vigor em até 48h após o alerta para conter o avanço da Covid-19 na região. O Estado também pode aplicar regras mais rígidas se achar necessário
  • O objetivo é ter uma análise mais urgente da situação de cada região do Estado em relação à situação epidemiológica
  • O que tem em comum com o Distanciamento Controlado: leva em conta a situação de leitos livres e ocupados, média móvel de casos confirmados e o número de mortes
  • O que muda em relação ao formato antigo é que, antes, a classificação da cor era a partir de uma média matemática de cada indicador. Agora, a classificação surge a partir da interpretação do GT que analisa os dados e determina o nível da gravidade de cada região
  • Mesmo com reuniões fixas nas quartas-feiras, o GT pode analisar os dados a qualquer momento, entendendo que um município ou mais tenham indicadores mais graves. Nesses casos, qualquer integrante do GT pode convocar um encontro extraordinário e lançar o alerta a qualquer dia e horários 

POR QUE AS TRÊS REGIÕES LEVARAM ALERTA? 

URUGUAIANA
Segundo o GT, pelo aumento na incidência de novos casos, saindo de 277 por 100 mil habitantes no dia 12 de maio para 359 casos no dia 18 de maio, cenário muito diferente do identificado no Estado. Enquanto o Rio Grande do Sul teve redução de 2,3% na incidência de novos casos, a região de Uruguaiana apresentou aumento de 29,6% no mesmo período. Nas internações em leitos clínicos, entre os dias 6 e 18 de maio, a região apresentou uma variação de 23%, saindo de 128 internações de suspeitos e confirmados Covid-19 para 158 internações no período. Em leitos de UTI, a taxa de ocupação ultrapassou os 100%.

SANTA ROSA
Na última semana, até 18 de maio, Santa Rosa apresentou um aumento considerável no número de casos confirmados de Covid, com acréscimo de 28,7%. Como resultado, a incidência partiu de 194 casos no dia 5 de maio, para 316 novos casos por 100 mil habitantes nos últimos sete dias.
A taxa de ocupação de leitos de UTI se encontra próxima ao topo da série histórica da região desde o início da pandemia, acima de 95%. Além disso, a Macrorregião Missioneira está com suas três regiões em alerta.

PALMEIRA DAS MISSÕES
Chama a atenção o aumento de incidência semanal de novos casos de Covid-19, que passou de 194 em 9 de maio, para 287 em 18 de maio, resultando em um aumento de 47,9%. Além disso, houve aumento no número de internados em leitos clínicos, passando de 49 para 92 pacientes entre suspeitos e confirmados no mesmo período. A taxa de ocupação em leitos de UTI superou os 100% em 18 de maio.

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