Foto Fabricio Vargas (Divulgação) /Vereadores Adelar Vargas (Bolinha) e Francisco Harrisson (Dr Francisco) conversam com líder comunitário sobre problemas em vila da zona Norte
Dissidente da base de apoio do prefeito Jorge Pozzobom (PSDB), o vereador Adelar Vargas (MDB), Bolinha, vice-presidente do Legislativo, aceitou tomar um café com o chefe do Executivo para aparar arestas. Bolinha rebelou-se no final do ano passado, quando ele e outros cinco parlamentares romperam com o governo, ganharam o comando da Casa e foram para a oposição.
Troca de farpas marcou a primeira sessão do ano na Câmara
O primeiro sinal de aproximação ocorreu na visita do ministro do Desenvolvimento Social, Osmar Terra (MDB), à Apae, na manhã de segunda-feira, quando Pozzobom e Bolinha se encontraram.
-Temos que conversar, tomar um café juntos, ver o que pode acontecer. Ele conversou comigo, disse que quer tomar um café. Eu disse que ele tem que pensar na cidade, que os secretários têm que melhorar esse diálogo - revelou Bolinha.
Tom de confronto entre governo e oposição na primeira sessão do ano da Câmara de Vereadores
Ele reclama que "o prefeito tem que mudar muita coisa e que não existe diálogo". Isso, segundo o emedebista, "afeta a vida das pessoas de vilas e bairros, que não têm abrigo de ônibus, andam em ônibus superlotados e enfrentam alagamentos".
Ontem, aliás, a Comissão de Políticas Públicas, presidida pelo também emedebista Francisco Harrisson, foi até a Vila Bela União, na zona norte da cidade, onde a comunidade enfrenta uma série de problemas de infraestrutura (na foto, Bolinha, Harrison e o presidente da Associação Comunitária Baldur de Barros).
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Pelo jeito, será um café em que o Executivo tentará adoçar a relação com o vereador e trazê-lo de volta para a sua base. Assim, voltaria a ter 11 vereadores contra 10. Não vai ser fácil. Quanto ao café, só falta marcar a data e, quem sabe, ampliar o número de convidados.