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Foto: Jean Pimentel (Arquivo Diário)
Procurador federal que atuou em Santa Maria e principalmente na Operação Rodin, Ivan Cláudio Marx acabou no meio de uma polêmica com a qual ele não tem nada a ver. O Conselho Superior do Ministério Público Federal vetou, na terça-feira, o nome do procurador Ailton Benedito, chefe do Ministério Público Federal (MPF) de Goiás, e indicado pelo governo Jair Bolsonaro (PSL) para integrar a Comissão sobre Mortos e Desaparecidos Políticos.
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A vaga em questão é ocupada por Marx, que também é formado na UFSM. De perfil conservador, Benedito, que chegou a comemorar em rede social os 50 anos do golpe militar neste ano, foi indicado por meio do Ministério da Família e de Direitos Humanos. Por 6 votos e 4, o Conselho do Ministério Público barrou a nomeação sob a alegação de que não cabe ao Executivo escolher o membro do MPF para a comissão.
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Os conselheiros entenderam, ainda, que o cargo ocupado atualmente por Marx não está vago. Embora a nomeação seja feita pelo presidente, o nome do procurador precisa ter o aval do Conselho Nacional do Ministério Público, o que não ocorreu, inclusive com o veto da procuradoria-geral da República, Raquel Dodge.
Desde que a comissão contrariou a versão de Bolsonaro sobre a morte do pai do presidente do OAB Nacional, Felipe Santa Cruz, e apresentou documentos comprovando que Fernando Santa Cruz foi perseguido e morto no período da ditadura, o presidente tem promovido trocas no órgão. Entre os novos integrantes da comissão, estão militares e um deputado do PSL. Um dos substituídos foi o deputado santa-mariense Paulo Pimenta (PT), indicado ainda pela presidente Dilma (PT).