entrevista

Maria Rita avalia passagem pela Câmara de Santa Maria

Gabriele Bordin

data-filename="retriever" style="width: 100%;">Foto: Gabriele Bordin

A educadora Maria Rita Py Dutra (PC do B) foi a sétima candidata mais votada no pleito à Câmara de Vereadores de 2020. Com isso, o partido cumpriu a promessa de dar espaço dentro do Legislativo também a quem ficasse na suplência na eleição. Maria Rita substituiu, durante o mês de maio, o colega Werner Rempel, que exerce o quinto mandato no Parlamento.

Em entrevista ao Diário, Maria Rita Py Dutra conta como foi a experiência do primeiro contato com os parlamentares e dá uma prévia da atuação, mais ativa, que terá no segundo semestre, quando retorna à Casa por mais um mês, que ainda será definido.

Diário - Qual foi a primeira impressão da tribuna?
Maria Rita Py Dutra -
Minha primeira impressão foi de que é um espaço de trabalho árduo. Os vereadores estão sempre pesquisando e fiscalizando o governo municipal. É um lugar onde as pessoas se desgastam perseguindo as causas que defendem.

Diário - Em quais pautas a senhora adentrou?
Maria Rita -
Fui abençoada por estar ali num curto período, porque é mais fácil. Neste ano sofrido, os problemas referentes à pandemia e às vacinas contra a Covid são constantemente debatidos. Por já haver muitos parlamentares em cima do tema, preferi não adentrar essa discussão. Por outro lado, então, foquei nas minhas pautas, de cunho social. Tudo neste momento, é claro, reflete na pandemia, mas há questões que precisam ser pensadas mesmo assim. Por exemplo, qual é o sentido de pensar no funcionamento do comércio se o povo nem tem condição de ir às compras? O povo está descapitalizado.

Diário - A senhora também representou algumas causas sociais com as quais se comprometeu.
Maria Rita -
Cheguei me apresentando como membro do Movimento Negro Unificado (MNU), que aposta nas minhas propostas. Também apresentei um pouco de onde já passei, como os movimentos sociais e conselhos municipais. Levei a pauta da pessoa surda, devido ao meu apoio à comunidade, minha ligação com a Associação de Surdos de Santa Maria e a Escola Estadual Dr. Reinaldo Fernando Cóser. Sugeri a possibilidade de intérpretes de Libras na Câmara, visto que estamos no período de aprovação do Plano Plurianual (PPA), pensando na previsão orçamentária.

Diário - E o que leva deste período?
Maria Rita -
Minha passagem na Câmara me deu uma visão de como eu posso melhor incidir na sociedade, o que foi muito bom. E eu fui muito respeitada por meus pares. O grupo é organizado. Apesar de que na hora das discussões o embate se faz necessário, pois debatemos com ideias, e não com pessoas.

Diário - Deu tempo de conhecer bem a Casa?
Maria Rita -
Sendo sincera, em pouco tempo não se consegue ver tudo. Mas eu aprendi muito, foi válido.

Diário - Qual foi a experiência mais marcante?
Maria Rita -
O mais importante foi a oportunidade de conversar com o prefeito e os secretários de Educação, Esportes e Desenvolvimento Social e Agricultura, quando pude fazer perguntas e tirar dúvidas. Na rural, conversamos sobre soluções para a fome, como a efetivação do direito à segurança alimentar.

Diário - E no segundo semestre, pretende apresentar quais projetos?
Maria Rita -
Sim. Pretendo adentrar na área de Educação, com o tema de identificação dos negros, e outros setores. Também pretendo levantar a pauta da necessidade da criação de resgate da Coordenadoria Unificada do Negro.

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