Crime

Presa suspeita de liderar susposto esquema de adoção ilegal em Santiago

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Uma mulher está presa preventivamente em Santiago por suspeita de tentativa de adoção ilegal e formação de quadrilha. Claudete de Souza Kolinski já está cumprindo a pena no Presídio Estadual de Santiago desde o dia 2 de setembro, quando se apresentou. De acordo com o delegado João Carlos Brum, da Polícia Civil de Santiago, que abriu inquérito sobre o caso, Claudete é suspeita de fazer parte de um grupo que atuava na região em suposto esquema de compra de crianças recém-nascidas.

O caso veio a público em abril deste ano, quando Claudete teria procurado uma gestante de Santa Maria e se oferecido para adotar o bebê. Segundo o delegado, a mulher teria sido levada para dar à luz no hospital de Jaguari. A gestante teria se apresentado com o nome de Claudete, mas a tentativa foi frustrada pelos funcionários do hospital, que acionaram a polícia. A mesma situação ocorreu em São Francisco de Assis. Na ocasião, o Conselho Tutelar foi acionado, e outra ocorrência contra a tentativa de adoção foi registrada na polícia.

Conforme Brum, ao voltar para Santiago, Claudete se juntou a outras duas pessoas. Luciane dos Santos Marchi era uma delas e, de acordo com o delegado, atuava como intermediária na abordagem de gestantes e mulheres com filhos recém-nascidos, prometendo emprego no salão de beleza em que Claudete é dona, em troca da adoção. Em depoimento à polícia, uma das supostas vítimas relatou o interesse de Claudete em levar as crianças para São Paulo, onde seriam adotadas de forma ilegal.

O inquérito policial foi concluído em maio. O Ministério Público ofereceu a denúncia em 4 de junho deste ano, e ela foi acatada pela Justiça em 24 de junho. Cinco pessoas foram indiciadas, mas apenas Claudete e Luciane foram denunciadas. Luciane ainda não foi localizada pela Justiça para ser intimada.

De acordo com o advogado de Claudete, Robson Zinn, ela nega ter cometido os crimes. Para Zinn, a prisão de sua cliente foi um exagero:

_ Não existe criança que tenha sido raptada ou negociada, apenas a manifestação da intensão das duas mulheres em adotar as crianças. A adoção seria legalizada e de conhecimento das mães.

* O advogado Dionísio Silva da Costa, contatado pela equipe do Diário na terça-feira, informou que acompanhou o caso de Claudete em um primeiro momento, e que, agora, o advogado Robson Zinn era quem estava em atuação na defesa dela.

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