Foto: Maurício Barbosa (Bei/ Arquivo)
Polícia Civil já realizou nove operações neste ano para prender suspeitos de assassinatos. Maioria dos crimes até agora foi elucidada
Desde o início do ano até a segunda-feira (15), Santa Maria registrava 44 homicídios. As vítimas foram 39 homens e cinco mulheres, com idades entre 16 e 65 anos. A maioria dos crimes aconteceu na região oeste da cidade, onde 14 pessoas perderam a vida.
Em comparação com 2022, o município registra 20% menos homicídios. Até 16 de outubro do ano passado, Santa Maria somava 55 assassinatos – nos 12 meses do ano passado, o total chegou a 70.
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Porém, na comparação com os últimos três anos, houve pequena alta nos crimes. Até 16 de outubro de 2020 e no mesmo período de 2021, 42 pessoas haviam sido mortas na cidade, contra 44 agora.
Entre setembro e outubro deste ano, chama a atenção o recuo nesse índice de criminalidade. Neste 16 de outubro, Santa Maria contabiliza 30 dias sem homicídios. Comparado com o ano passado, o período de agosto a setembro, chegando a 24 dias, foi o maior tempo sem crimes letais contra a vida.
Se comparar 2021, o maior período foi entre março e abril, chegando a 37 dias, e em 2020, entre os meses de outubro e novembro, com 35 dias sem homicídios.
– Pretendemos trabalhar em conjunto com todas as forças de segurança de maneira muito forte para que a gente consiga manter esse cenário, e manter o índice de elucidação alto, e assim chegarmos ao final do ano com uma redução na criminalidade com relação aos homicídios – diz o delegado Marcelo Arigony, titular da Delegacia de Polícia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DPHPP) de Santa Maria.
Em todo o ano passado, 70 pessoas foram mortas de forma violenta no município, sendo 41 apenas no primeiro semestre. Já em 2023, de janeiro a junho, houve 30 homicídios – 11 a menos. As vítimas foram 26 homens e quatro mulheres. No total, foram 28 crimes – dois duplos homicídios.
No segundo semestre, o primeiro homicídio aconteceu na noite do dia 17 de julho, quando um homem identificado como Juliano Machado de Almeida, 44 anos, foi morto a tiros na Estrada Norberto José Kipper, que liga o Bairro Camobi ao distrito de Arroio Grande.
Até então, o mês de agosto foi o segundo mais violento do ano, registrando nove homicídio, número igual a março, atrás apenas de abril, quando 10 pessoas foram mortas na cidade.
A Polícia Civil tem realizado operações, prisões e investigações a fim de identificar e autuar os responsáveis pelas mortes. Conforme a polícia, os 30 homicídios no primeiro semestre foram elucidados, tendo os autores ou envolvidos identificados e indiciados.
Segundo o delegado regional de Santa Maria, Sandro Meinerz, dos 44 homicídios deste ano, apenas cinco ainda não têm elucidação. Esses crimes aconteceram em agosto e setembro, e ainda seguem em investigação. Os demais 39 estão elucidados, segundo Meinerz.
– Esse dado é extremamente importante, ou seja, identificar a autoria e responder à altura. Tratam-se de crimes que lesam o bem jurídico mais importante das pessoas, que é a vida. O que é mais importante para a sociedade é a vida dos seus componentes. E, mais do que isso, identificar os autores e retirá-los da circulação, porque quem tira a vida de alguém é uma pessoa que denota periculosidade social – afirma.
Neste ano, a Polícia Civil realizou nove operações de combate aos homicídios e prendeu 47 suspeitos de crimes.
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