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O trabalhador de construção civil Moacir Naissinger, 46 anos, atingido por um disparo na cabeça enquanto dirigia na VRS-805 (faixa de Toropi) na manhã desta segunda (15) segue internado em estado grave na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do Hospital Universitário de Santa Maria (Husm). Segundo a família, ele passará por uma cirurgia para reconstruir estruturas da face na tarde desta quarta-feira (17).
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Um foragido do Presídio Estadual de Júlio de Castilhos que tem aterrorizado a região de São Pedro do Sul e Toropi, responsável por incendiar uma casa na localidade de Cerro Baltazar, interior de São Pedro do Sul, é o principal suspeito do disparo e de ter provocado o acidente na rodovia, ao abordar o Gol dirigido por Moacir, que acabou capotando. No local, a polícia encontrou uma espingarda e um revólver.
Naissinger foi atingido por um disparo na cabeça. A bala atingiu a região abaixo da orelha e saiu próximo ao olho direito.
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IMPOTÊNCIA
Para a família, o sentimento é de revolta e impotência. Em conversa com o Diário, a terapeuta Géssica Naissinger, 28 anos, filha de Moacir, contou que o pai estava sozinho no carro, indo até São Pedro do Sul para buscar uma peça para conserto de uma betoneira e retornava para Toropi, pequeno município onde trabalha e é bastante conhecido.
Após o acidente, ele foi levado, ainda consciente, até o Hospital Municipal de São Pedro do Sul. Depois, encaminhado para o Husm. Sedado desde a segunda, ele aguardou na sala de observação do hospital por um leito na UTI até o fim da tarde desta terça (16), quando houve a transferência, conforme Géssica.
Procurada no início da tarde, a assessoria de comunicação do Husm informou que o hospital estava com todos os leitos da UTI ocupados naquele momento e não havia previsão de transferência do paciente para a Unidade.
– Ele estava a trabalho e, de repente, é atingido por uma pessoa que ainda está solta por aí. Os médicos dizem que é grave, que será necessário cirurgia, mas que temos que aguardar. Estamos de mãos atadas. O atendimento é bom, mas quase não temos respostas. Não temos retorno, enquanto cidadãos, nesse momento que mais precisamos. Temos que esperar o caso agravar para ser feito algo? O meu pai não escolheu passar por essa situação – desabafou Géssica sobre a espera pelo leito.
As buscas pelo fugitivo seguem nesta terça-feira (16). Com o auxílio de drones, mais de 25 policiais da Brigada Militar, Força Tática e 2.º Batalhão de Polícia de Choque lideram a operação para prender o homem de 30 anos, identificado como Leandro da Rosa Braz.
* Matéria em atualização