Defesa nega que idoso e os dois filhos acusados de morte em ritual dentro de cemitério sejam pais de santo

Defesa nega que idoso e os dois filhos acusados de morte em ritual dentro de cemitério sejam pais de santo

Foto: Rafael Menezes

Ao contrário do informado pela Polícia Civil após a investigação, Jubal dos Santos Brum, 68 anos, acusado de envolvimento na morte de uma mulher em suposto ritual religioso em Formigueiro,não é pai de santo. Segundo uma das advogadas, Ediani Ritter, o cliente nunca atuou nessa atividade.


– Jubal não é, nem nunca foi pai de santo. Ele, inclusive, é católico – afirma.

 
Morador de um quilombo de Formigueiro, Jubal teve a liberdade provisória concedida na última segunda-feira, após audiência no Fórum de São Sepé. Segundo a assessoria do Tribunal de Justiça do Estado, a juíza responsável decidiu pela liberdade provisória, “especialmente por ser uma pessoa idosa, padecer de problemas de saúde, que dificultavam seu tratamento no presídio, e pelo depoimento das testemunhas presenciais – marido e filho da vítima – que esclareceram a dinâmica dos fatos e a participação dos acusados”, informou.

 

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A defesa acrescenta que, na decisão, a juíza diz que “não subsistem mais os fundamentos que ensejaram na prisão preventiva, já que os familiares da vítima foram uníssonos em afirmar que Jubal não praticou nenhum ato de violência contra ela. Ao contrário, prestou auxílio e socorro a Zilda.”

 
Além de Jubal, seus dois filhos, Larry Chaves e Nayana Rodrigues Brum, e o então autodenominado pai de santo Francisco Guedes, 65 anos, o Chico Guedes, são acusados da morte de Zilda Côrrea Bitencourt, 58 anos, em fevereiro deste ano. Jubal, Larry e Nayana são quilombolas e trabalham como agricultores. Os irmãos seguem presos preventivamente.

 
A pessoa apontada no processo judicial pelo Ministério Público como principal responsável pela morte é Chico Guedes, que seria o “pai de santo” responsável pelo ritual. Ele está em prisão domiciliar em razão de problemas saúde.


Participação
A defesa de Jubal e dos filhos prefere não informar, neste momento, o motivo pelo qual os três estariam participando do trabalho religioso junto a Chico Guedes. Garantem que, ao longo do processo judicial, será possível esclarecer os acontecimentos. Haverá nova audiência para ouvir testemunhas de defesas e os interrogatório dos réus.


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