"Na hora, falaram para eu sair de perto, porque poderia explodir", diz dono do terreno em que granada foi encontrada em Lavras do Sul

A notícia de uma granada em um terreno surpreendeu a região, principalmente os moradores de Lavras do Sul. Na cidade, que tem pouco mais de 7 mil habitantes, um artefato, usada como munição de morteiro, foi encontrado no pátio de uma casa, localizada no centro do município. O proprietário do terreno, Lanes Rodrigues, realizava obras na residência, quando foi encontrado após a limpeza da parte externa. Entre 18h e 19h, o Esquadrão Antibombas do Batalhão de Operações Policiais Especiais (Bope) chegou ao local e iniciou o protocolo para destruição do objeto. Em entrevista ao programa Bom Dia, Cidade!, da Rádio CDN, Lanes Rodrigues relatou como foi o processo até descobrir do que se tratava aquele item diferente que estava em seu pátio.

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Dono do terreno há cerca de quatro anos, ele está realizando obras e contratou uma pessoa para ficar responsável pela limpeza do pátio, que consistia em tirar plantas e excesso de terra, além de objetos que estivessem por ali, como itens de ferro, que deveriam ser colocados em um canto para que o proprietário colocasse no lixo adequado posteriormente. Pela manhã, momento em que foi verificar o que iria para o lixo, ele encontrou o artefato sujo e o limpou para entender do que se tratava.

– Estava muito sujo, acredito que ele (funcionário) não tenha percebido também. Então, eu joguei uma água para limpar, verifiquei que era um artefato do Exército e liguei para o comandante do município. Na hora, ele disse para eu sair de perto, não tocar, porque poderia explodir – contou o morador de Lavras do Sul.

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Após o contato, se iniciou um protocolo de isolamento da área em 100 metros quadrados, no qual pessoas que residem próximas ao terreno saíram de suas casas, e escolas ao redor tiveram de ser evacuadas. Uma equipe especializada do Bope foi avisada e deslocou-se de Porto Alegre em direção à cidade da região. Após às 18h, o grupo chegou na localidade e deu início ao processo de destruição da granada.

– Eles (equipe do Bope) tiraram o artefato com todo o cuidado necessário, levaram para um campo próximo da cidade e detonaram o objeto – contou Lanes Rodrigues, que foi informado sobre a possibilidade de explosão caso tivesse contato com a granada.

O servidor público acredita que o explosivo seja da década de 80, período em que um quartel era localizado na região do atual terreno. Segundo o Comandante do 2° Pelotão do 6 Regimento de Polícia Montada de Lavras do Sul, Berildo Ferreira, o objeto tinha entre 45cm e 60cm e possuía uma capacidade explosiva de até 100m de alcance.