Justiça solta segundo acusado de envolvimento na morte de mulher durante ritual religioso em cemitério de Formigueiro

Justiça solta segundo acusado de envolvimento na morte de mulher durante ritual religioso em cemitério de Formigueiro

Foto:Rafael Menezes (BD)

Vítima morreu devido a agressões que teria sofrido dentro do Cemitério da Colônia Antão em fevereiro de 2024

O pai de santo Jubal dos Santos Brum, 68 anos, foi solto pela Justiça na segunda-feira (17). Ele é um dos quatro indiciados pela Polícia Civil na morte de Zilda Côrrea Bitencourt, de 58 anos, durante suposto ritual religioso em um cemitério no interior de Formigueiro, em fevereiro deste ano. 


Em março, o Ministério Público (MP) denunciou os quatro suspeitos à Justiça por homicídio com as qualificadoras de motivo torpe, emprego de asfixia, tortura e recurso que dificultou a defesa da vítima. Em 6 de março, a Justiça acatou a denúncia.


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Segundo o blog Formigueiro Real, a liberdade provisória foi concedida pela juíza Lidiane Machado de Oliveira, da 1ª Vara da Comarca de São Sepé, durante audiência. Jubal estava no Presídio Estadual de São Sepé e, agora, irá aguardar o processo em liberdade.


Em abril, a Justiça havia concedido a prisão domiciliar ao pai de santo Francisco da Rosa Guedes, 65 anos, conhecido por Chico Guedes. A defesa alegou problemas de saúde do suspeito, que necessita de cuidados médicos. Ex-palhaço de circo, Chico Guedes foi indiciado pela Polícia Civil por homicídio, e considerado o mentor intelectual do ritual que culminou na morte da vítima. Ele está usando tornozeleira eletrônica.


Dos quatro suspeitos do crime, dois ainda seguem presos. São eles os irmãos Larry Chaves e Mayana Rodrigues Brum, filhos de de Jubal. Todos se intitulavam pais de santo. 

Zilda Corrêa Bitencourt tinha 58 anos Foto: Reprodução


Relembre o caso

Zilda Bittencourt teria sido levada para os pais de santo pelo marido e o filho. A família havia procurado ajuda porque a mulher sofreria há mais de 20 anos com “duas entidades que incorporavam nela”.


O ritual religioso teria começado em uma casa na Colônia Antão Faria, em Formigueiro. Por volta de meia-noite, Zilda foi levada até o cemitério da comunidade, onde teria sido espancada e, ao final, amarrada na cruz principal do local. Ao perceber que a vítima não reagia mais, o marido e o filho a levaram até o hospital do município, com a ajuda dos pais de santo. 


A Polícia Civil não apontou culpa do marido e do filho no caso. O Ministério Público pediu, inclusive, que a Justiça determine aos réus o pagamento de R$ 300 mil em indenização à família de Zilda. 


As defesas dos quatro suspeitos negam o crime e alegam que o ritual foi praticado dentro das regras adotadas nesse tipo de trabalho espiritual.

 

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