Advogado nega que pai de santo tenha agredido mulher em ritual em cemitério

O advogado Ariel Cardoso assumiu, na segunda-feira (12), a defesa de Francisco da Rosa Guedes, 65 anos, o "pai de santo" que é acusado de participar da morte de Zilda Corrêa Bittencourt, de 58 anos, durante um ritual religioso no Cemitério de Colônia Antão Faria, em Formigueiro. Em contato com a reportagem do Bei, Cardoso afirmou que ainda é cedo para afirmar o que teria acontecido, uma vez que as informações disponíveis são recentes e o inquérito policial está em estágio inicial.


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Segundo o advogado, há uma pressão por respostas, mas, conforme ele, elas virão à medida que todas as pessoas envolvidas forem ouvidas, o relatório final do inquérito policial for concluído e um laudo conclusivo sobre a causa da morte for emitido. Até o momento, nenhum desses elementos está disponível.


A defesa aguarda a conclusão do inquérito policial para ter a oportunidade de explicar tudo o que aconteceu. Eles acreditam que se tratou de um ritual religioso como tantos outros existentes no Brasil, que seguiu as leis da religião.


A defesa de Chico Guedes afirma que não houve qualquer tipo de excesso, crucificação ou abuso durante o ritual, como mencionado nas investigações. Ele afirma que o que acontecei foi um ritual comum, dentro dos limites legais, e que irão provar isso durante o processo. Além disso, a defesa buscará a liberdade de Francisco para que ele possa estar em liberdade enquanto buscam provar sua inocência e explicar o que aconteceu.


De acordo com a defesa, é ressaltado que Francisco é um idoso de 65 anos, cuja vida está profundamente ligada à religião e ao desejo de ajudar as pessoas. A defesa alega que ele se viu envolvido nessa situação por ter um coração generoso e ter tentado auxiliar alguém que procurou sua casa em busca de aconselhamento ou ajuda espiritual.


A defesa afirma que Francisco nunca quis ou compactuou com o resultado trágico, que ele seguiu o ritual da mesma forma como sempre fez, preservando a vida e agindo de acordo com os princípios de sua religião. Durante o processo, afirma que eles apresentarão todas as evidências e argumentos que comprovem sua inocência e a "natureza benigna de suas ações."


-Na quarta-feira, teremos a audiência de custódia. Nela, ou nos próximos dias, nós teremos uma resposta sobre o nosso pedido de liberdade, que ainda não foi feito. 


Francisco é um senhor que é aposentado, ganha uma aposentadoria, de um salário mínimo, e faz da religião o seu modo de ajudar as pessoas, não ganhou um real fazendo esse trabalho de caridade. E veio do circo, tem toda essa história dele. 


Boa parte da população acredita nas religiões assim como eu, nas religiões de matriz africana, e sabem que esse é um trabalho que muitas vezes se faz sem esperar vir dinheiro de volta, e sim numa doação. E é o que o Francisco sempre fez, e agora tem a oportunidade de se dedicar muito mais porque ele é aposentado.

Vamos esperar porque se Deus quiser ele vai sair - finaliza o advogado.

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