Justiça concede prisão domiciliar a pai de santo suspeito da morte de mulher em ritual religioso em Formigueiro

Justiça concede prisão domiciliar a pai de santo suspeito da morte de mulher em ritual religioso em Formigueiro

Foto: Rafael Menezes (Diário)

A 1º Vara Judicial de São Sepé concedeu, na noite de terça-feira (2), a prisão domiciliar para o pai de santo Francisco da Rosa Guedes, 75 anos, mais conhecido como Chico Guedes. Ele e outras três pessoas foram indiciadas em março pelo homicídio de Zilda Correa Bittencourt, 58 anos, em um suposto trabalho religioso no interior de Formigueiro, no mês de fevereiro. 


O advogado de defesa do pai de santo, Ariel Cardoso, diz que os motivos pelos quais a Justiça concedeu a liberdade é o estado de saúde do pai de santo, que estava no Presídio Estadual de São Sepé. Um primeiro pedido de prisão domiciliar havia sido feito há dois meses, mas não foi aceito naquela ocasião.


– A prisão domiciliar foi concedida visando as doenças que ele possui, fatos que haviam sido alegados anteriormente. Ele foi diagnosticado com desnutrição, dispneia, diabete, problemas crônico pulmonares, hipertensão, entre outras. Além disso, é o primeiro envolvimento criminal dele, possui residência fixa, além de não ter apresentado qualquer comportamento que pudesse atrapalhar a investigação - informa o advogado.


Cardoso reforça que o estado de saúde do seu cliente piorou desde então. Por isso, um novo pedido foi feito e aceito. Desde a noite de terça, Guedes está em casa.  


Os outros três suspeitos do crime, Jubal dos Santos Brum, 57 anos, e os filhos Larry Chaves Brum e Nayana Rodrigues Brum, seguem no Presídio Estadual de São Sepé. 


No começo de março, os quatro investigados foram denunciados pelo Ministério Público à Justiça por homicídio, com qualificadoras de motivo torpe, emprego de asfixia, mediante tortura, praticado à traição e com recurso que dificultou a defesa da vítima. A Promotoria pediu uma indenização de R$ 300 mil para a família de Zilda. 



Relembre o caso

Com um pouco mais de 6 mil habitantes e situada na região central do Estado, Formigueiro ficou em choque diante do caso que envolveu a morte de Zilda Correa Bittencourt. A vítima teria sido morta durante um suposto ritual religioso, entre a noite de 9 e a madrugada de 10 de fevereiro deste ano, dentro do cemitério da Colônia Antão Faria, no interior do município, a 15 km da cidade. 


Conforme a ocorrência policial, o marido e o filho de Zilda teriam procurado os “pai de santo” para fazer um ritual, pois, segundo eles, a vítima sofria há mais de 20 anos com “duas entidades que incorporavam nela”. A mulher teria viajado de Restinga Sêca, onde residia, para Formigueiro para a realização do ato.


No ritual, realizado já no cemitério, Zilda foi torturada. Segundo a investigação policial, ela teria sido agredida fisicamente com socos, tapas, pisões na cabeça, golpeada com varas verdes em diversas partes do corpo, tendo sua cabeça lançada contra o solo por diversas vezes. Por fim, os responsáveis pelo suposto ritual religioso teriam amarrado Zilda à principal cruz do cemitério, onde a população costuma acender velas em memória dos entes sepultados no local.


A Polícia Civil não apontou culpa do marido e do filho no caso. 


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