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11 meses após adolescente ser morto em frente de escola, familiares e amigos protestam por justiça

Fotos: Lucas Amorelli (Diário)

Neste sábado completaram 11 meses em que o adolescente Gabriel Silveira Medeiros, 14 anos, foi morto a facadas em frente à Escola Estadual de Ensino Fundamental Santa Marta, onde estudava, no Bairro Nova Santa Marta. Para pedir justiça, familiares e amigos se reuniram nesta tarde em um protesto na Praça Saldanha Marinho, por volta das 15h30min. 

Foto: Lucas Amorelli (Diário)
Juliana, mãe de Gabriel, o único filho, usava camiseta com a foto do adolescente e um dos bonés favoritos do garoto

- É triste a gente perder um filho dentro da escola. Dói chegar em casa e ver as coisinhas dele e ele não estar mais aqui. Eu sei que ele não vai voltar, mas a gente quer é que seja feita a justiça - lamenta a mãe Juliana Silveira Medeiros, 31 anos, que pede que o caso vá a júri popular. 

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Cartazes com fotos, desenhos e frases foram colados no coreto da praça. Diversas pessoas que passavam no local paravam para ler e entender sobre o caso.

- Todos os meses a gente faz homenagens para o Gabriel em frente a escola, mas lá (no bairro) todo mundo já sabe o que aconteceu com ele. A gente quis trazer para cá (para a praça) para mais pessoas repararem, para que isso não passe em branco. Já faz 11 meses e nada de justiça - conta Vitória dos Santos, 15 anos, que era amiga do adolescente e que, junto com a mãe e outros amigos, organizou a manifestação. 

DECISÃO DA JUSTIÇA
A decisão da Justiça de permitir que o autor confesso do assassinato de Gabriel Silveira Medeiros, 14 anos, responda ao processo em liberdade pegou de surpresa e revoltou a família da vítima.

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O adolescente foi morto em frente à Escola Estadual de Ensino Fundamental Santa Marta, onde estudava, no Bairro Nova Santa Marta, no dia 10 de abril de 2017. Ele foi atingido por pelo menos cinco facadas desferidas por Michel Flores Reichow, 19 anos, que se apresentou a polícia cerca de uma semana depois, estava preso desde então e confessou o crime à Justiça. Ele responde a processo por homicídio qualificado.

Até agora, uma única audiência foi feita na Justiça, no dia 28 de agosto de 2017. Durante a sessão foram ouvidas oito testemunhas - cinco indicadas pela acusação e três pela defesa - e foi feito o interrogatório do réu, que confessou o assassinato. A defesa do acusado pediu, então, sua liberdade provisória, tendo como base que os princípios que determinam a prisão preventiva (garantia da ordem pública, da ordem econômica, da instrução criminal e da aplicação da lei penal) não existiam mais.

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O Ministério Público deu parecer favorável ao pedido, e o juiz concedeu a liberdade. Isso porque, todas as testemunhas já foram ouvidas e foi encerrada a fase de instrução ou de coleta de provas e, ainda, porque na opinião da justiça, o réu não oferece, em tese, risco à sociedade. 

A liberdade provisória foi concedida mediante cumprimento de medidas cautelares. Ou seja, enquanto aguarda o julgamento, Michel terá de comparecer a todos os atos e termos do processo, não mudar de endereço sem prévia comunicação à Justiça, não pode se aproximar das testemunhas e das pessoas relacionadas ao fato e deve se recolher, diariamente, à noite em casa. Com isso, Michel responde fora da cadeia às próximas etapas do processo, que são apresentação de memorias descritivos pela defesa e pela Promotoria e a sentença do juiz, que deve levar o caso ao Tribunal do Júri por tratar-se de homicídio doloso (quando há intenção de matar). 

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