manifestação

VÍDEO: famílias que ocupam área na Urlândia fazem protesto em frente à prefeitura

18.398

data-filename="retriever" style="width: 100%;">
Foto: Renan Mattos (Diário)

Após a Justiça determinar a reintegração de posse na área ocupada na Urlândia, na última quarta-feira, cerca de 50 pessoas estão protestando em frente à prefeitura de Santa Maria. As famílias estão no local desde o início da manhã desta sexta-feira com cartazes pedindo por direito à moradia.


VÍDEO: skatistas lamentam falta de opções para a prática em Santa Maria

O grupo pede a presença do prefeito para uma solução sobre o caso, já que as famílias dizem não ter para onde ir depois de desocupar a área da Urlândia. Segundo o padeiro e líder comunitário Claudiomiro Mello, 48 anos, as famílias não receberam nenhum ofício para desocupar a área. Ainda de acordo com ele, o que existe é só o boato sobre a reintegração:

- Nós eramos 80 famílias, após o boato 40 foram embora. Ficaram as que realmente não tem para onde ir, que são as que estão aqui no protesto. 

Para Mello, a intenção principal do protesto é trazer o poder público para dentro do movimento:

- O direito à moradia é um direito de luta de todos nós. 

CVV atende cerca de 2,5 mil pessoas por mês apenas em Santa Maria

A doméstica, Solia Mara Oliveiras Lima, 36 anos, que mora na região desde que nasceu, conta que desde pequena o terreno não era ocupado e viu uma oportunidade de sair da casa da mãe que residia de favor:

- Nós viemos aqui reivindicar uma moradia, pois é um direito nosso ter uma casa.  

De acordo com o advogado Cristino Urach, que representa o proprietário da área, Gilberto Adamy, ficou combinado que as famílias deixariam a ocupação até domingo e, caso isso não ocorra, o mandado de reintegração será cumprido na segunda-feira.

O CASO
Desde o dia 24 de janeiro, cerca de 80 famílias ocupam uma área aberta no Bairro Urlândia, ao lado do campo do time de futebol amador Charrua, na Rua Alfredo Viana. O grupo alega que o local estava desocupado e que o dono não teria o registro da propriedade, que ocupa o espaço de uma antiga olaria. As famílias presentes no local seriam, em sua maioria, de localidades próximas e que sofrem constantemente com as enchentes do Arroio Cadena. Ali, estariam buscando melhores condições de moradia e o fim do pagamento de aluguéis. 

Urach explica que há um processo de usucapião em andamento desde 2013. A área e a antiga olaria estariam no nome dos antepassados de Adamy, mesmo que Gilberto tenha a posse do espaço há 36 anos. Conforme o advogado, a área não estava sendo utilizada pois seria dividida em terrenos de heranças para os sucessores, após a conclusão do processo de usucapião. 

Carregando matéria

Conteúdo exclusivo!

Somente assinantes podem visualizar este conteúdo

clique aqui para verificar os planos disponíveis

Já sou assinante

clique aqui para efetuar o login

Anterior

Fóssil de réptil que viveu há 230 milhões de anos é encontrado em Agudo

Próximo

Avenida Presidente Vargas tem bloqueios nesta sexta-feira

Geral