VÍDEO: carreata pede reabertura de serviços, liberdade para trabalhar e mudanças na política de restrições

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Foto: Renan Mattos (Diário)
Manifestantes se concentraram ao lado da prefeitura, na Rua Venâncio Aires

Um protesto na manhã desta quinta-feira chamou a atenção no centro de Santa Maria. Empresários, descontentes com as restrições ao comércio não essencial impostas pela bandeira preta do Modelo de Distanciamento Controlado, promoveram um buzinaço e anunciaram as reivindicações por meio de um carro de som.

A carreata saiu da Gare por volta de 10h15min com mais de 200 automóveis, percorreu ruas da área central da cidade e foi até a prefeitura, na Rua Venâncio Aires. O carro de som estacionou ao lado da sede do poder público enquanto os automóveis circulavam pelas ruas próximas com o pisca alerta ligado ao som de buzinas. Segundo os manifestantes, o número de veículos no protesto chegou a 800. 

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Entre as reivindicações, estão a reabertura das atividades não essenciais a partir da próxima segunda-feira, a adoção do chamado tratamento precoce, a retomada das atividades escolares e o fim da política de restrições a atividades. O grupo se diz a favor das vacinas contra a Covid-19 e ao aumento de leitos, além de pedir ao prefeito Jorge Pozzobom (PSDB) que se afaste das medidas adotadas pelo governo estadual em relação ao combate ao coronavírus.

O carro de som tocava, ao fundo, os hinos brasileiros e rio-grandense. A maioria dos carros e participantes a pé carregava bandeiras do Brasil.

Conforme participantes, o grupo não conta com uma organização central e nem é vinculado a entidades ou partidos políticos.

- Infelizmente, se o povo ficar parado em casa, ele está assinando seu atestado de óbito, porque a sociedade está morrendo, e não é só de Covid. O trabalho dignifica as pessoas. Nós precisamos trabalhar para sustentar as famílias. As empresas precisam continuar abertas, o comércio precisa girar - afirma Luciana Camilotti, de 53 anos, participante do protesto que esteve no carro de som para fazer as reivindicações.

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Ao final da manifestação, foi lida uma carta aberta direcionada ao governador Eduardo Leite (PSDB), ao prefeito de Santa Maria, vereadores, ao comitê de combate à Covid e ao povo de Santa Maria. No texto, os manifestantes afirmam que não cumprirão decretos que restrinjam as atividades de pessoas e empresas a partir da próxima segunda-feira. No texto, o grupo também pede diálogo, honestidade e bom senso do poder público.

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Foto: Renan Mattos (Diário)
Concentração de veículos na Gare

Em nota, a prefeitura, por meio da Secretaria de Desenvolvimento Econômico, Turismo e Inovação e do Comitê Estratégico de Acompanhamento da Covid-19, informou que "compreende o pedido de retomada das atividades comerciais e a angústia que o fechamento de estabelecimentos causa. Contudo, o Executivo Municipal aguarda a reconfiguração das normas em relação à bandeira preta, que o governo estadual vai anunciar em breve. Ainda, vale destacar que, de qualquer forma, pelo regramento atual, o município é legalmente impedido de praticar qualquer diretriz que seja menos restritiva do que as normas do Estado. Santa Maria vai aderir à cogestão assim que ela não mais estiver suspensa e, a partir do momento em que a retomada de atividades não essenciais for autorizada, a Prefeitura vai apresentar as novas diretrizes para o atual momento da pandemia com base nas normas do Estado, que são soberanas. Em relação ao não cumprimento de decretos, sejam eles municipais ou estaduais, a Fiscalização Municipal Integrada cumprirá com a sua responsabilidade para fazer valer as regras em vigor".

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Sobre outros temas, como tratamento precoce e compra de vacinas, a prefeitura informou que já se manifestou em ocasiões anteriores.