VÍDEO: como a Rocka Confecções se adaptou rapidamente ao mercado durante a pandemia

data-filename="retriever" style="width: 100%;">Foto: Pedro Piegas (Diário)
Empresa de Maria de Fátima foi ágil na tomada de decisões para que o negócio reagisse em meio à crise

A missão das empresas de Santa Maria durante a pandemia de coronavírus vai muito além de, simplesmente, reabrir as portas e manter os empregados. É preciso criar novos produtos e se adaptar às demandas do mercado. Foi isso o que fez a Rocka Confecções, que atua há 34 anos no ramo de vestuário e é genuinamente santa-mariense, especializada em moda plus size.

Em 2020, o cenário, com os primeiros decretos do município e do Estado, parecia desolador para o empreendimento. As festas, os bailes e diversos outros eventos sociais foram suspensos para que a aglomeração de pessoas fosse evitada. Portanto, o consumo de roupas novas, para passeio, diminuiu consideravelmente. Além disso, a Rocka vende somente em atacado, ou seja, direto para as lojas que revendem as roupas. Mas os estabelecimentos fecharam as portas no início da pandemia, entre março e abril, e os pedidos de cancelamento de encomendas aumentaram, conforme conta a proprietária da fábrica, Maria de Fátima Barcelos, 58 anos.

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Por outro lado, quando uma demanda caiu, outra surgiu e precisou ser atendida com rapidez: a moda conforto. Os lojistas e, também, Maria de Fátima, começaram a perceber que, após a volta do comércio, em abril, os clientes passaram a procurar um estilo de vestuário que fosse confortável para ficar em casa, as calças e blusas de moletom, por exemplo. Atualmente, são 5 mil peças produzidas mensalmente. Durante a pandemia, de acordo com Maria de Fátima, a produção da Rocka cresceu, em média, de 15% a 20%. Para dar conta, o empreendimento tem contado com profissionais terceirizadas, além das contratadas de forma direta, o que fomenta a geração de empregos e renda no município.

Em Santa Maria, a Rocka Confecções fornece roupas para cerca de 12 lojas. Há pontos físicos que representam a empresa em Porto Alegre e Farroupilha. O marido da empresária, Vicente Pozzebon, e a filha, Aline Pozzebon, também trabalham na administração dos negócios.

A trajetória de décadas em confecções, somada a modernização permanente dos processos, que, hoje, contam com corte computadorizado de tecidos e costura com máquinas industriais, dão à Rocka credibilidade junto aos compradores.

- Conseguimos, ao longo dos anos, mostrar que nossas roupas tem ótima qualidade. Os lojistas, quando compram da gente, sabem que somos leais, não vendemos direto para as pessoas, só vendemos atacado, ou seja, não fazemos concorrência desleal. Esses são motivos pelos quais entendo que é melhor se consumir o que é feito aqui, pois sabemos a procedência dos produtos e conhecemos a conduta dos empresários - diz Maria de Fátima.

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A qualidade do que é produzido é uma das motivações da operadora de máquina de corte Josiane Fleck, que trabalha há três anos e três meses na Rocka Confecções:

- É um trabalho cansativo, mas vale a pena. O tratamento manual em vários setores da confecção dá uma qualidade superior para as peças.

Para a analista de relacionamento com clientes do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae), Raquel dos Santos Teixeira, a agilidade para se reinventar é uma característica fundamental para o momento:

- É facilmente identificado no case da empreendedora Maria de Fátima a capacidade de reinventar o negócio de maneira prática e rápida. O negócio dela vem crescendo com as decisões e estratégias adotadas e ainda gera renda para profissionais que estavam sem trabalhar.

SOLIDARIEDADE
Durante as duas semanas em que ficou de portas fechadas em função das restrições ao funcionamento de comércio e indústria, Maria de Fátima, o marido e a filha atuaram em parceria com o projeto Lauduz na confecção de máscaras de proteção facial. Foram, aproximadamente, 24 mil máscaras produzidas no período e colocadas à disposição do poder público.

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