Desdobramento da passagem

UAC diz estar preocupada com possível paralisação do transporte público em Santa Maria

Marcelo Martins

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Líderes comunitários ligados à União das Associações Comunitárias (UAC) de Santa Maria temem uma possível paralisação do serviço do transporte coletivo em Santa Maria, a exemplo do que ocorreu em Porto Alegre em fevereiro. Segundo o presidente da UAC, Rodrigo do Santos, o receio dele e de outros presidentes de associações comunitárias é que uma possível suspensão do valor da passagem vigente, de R$ 2,60, possa trazer como consequência o comprometimento do sistema de transporte coletivo na cidade.

Na manhã desta quinta-feira, Santos e os presidentes das associações comunitárias estiveram reunidos com o defensor público Juliano Ruschel, da Defensoria Pública do Estado.

_ A UAC representa trabalhadores, homens e mulheres com compromissos. Não queremos, no caso de uma eventual suspensão do valor da tarifa, que os trabalhadores sejam prejudicados. Não somos como alguns estudantes que, dão graças a Deus, por ficarem sem aula _ sustenta Rodrigo do Santos.

O defensor público afirma que não há motivo de pânico. Segundo ele, uma eventual suspensão do preço da passagem vigente não traria qualquer dano à população.

_ Obviamente, que não há qualquer interesse, de quem quer que seja, em se prejudicar o funcionamento do transporte público. Não acredito que os donos das empresas de ônibus colocariam em risco o funcionamento do sistema de transporte.

No final da tarde desta quinta-feira, o presidente do Conselho Municipal de Transportes (CMT), Renan Menezes, emitiu uma nota oficial à imprensa em que afirma ter solicitado à Defensoria Pública "informações sobre seus estudos, pois queremos acompanhar e fazer parte deste processo".

_ Após o ajuizamento da ação (pela redução da passagem), que será feita na próxima segunda-feira, todos receberão cópias do material entregue à Justiça Estadual _ garante Ruschel.

Análise da Defensoria é técnica, diz defensor

O defensor público Juliano Ruschel minimiza eventuais críticas sobre do trabalho da Defensoria Pública e enfatiza que a análise é estritamente técnica:

_ A análise foi técnica e desprovida de qualquer posição política e partidária. Estamos questionando a transparência de como é feito o cálculo da tarifa. Pode ser, inclusive, que após uma análise do TCE (Tribunal de Contas do Estado) se verifique que a tarifa é esse mesma ou até outra. Questionamos, sim, a forma como o cálculo é feito.

Para esta sexta-feira, Ruschel estará em Porto Alegre. Ele deve se reunir com o Núcleo do Direito do Consumidor da própria Defensoria Pública gaúcha para finalizar os termos do ajuizamento do pedido pela suspensão do valor da passagem de R$ 2,60 junto à Justiça Estadual.

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