greve dos caminhoneiros

Transporte público funciona com restrições em pelo menos 6 cidades da região

Michelli Taborda

Foto: Renan Mattos (Diário)

O transporte público é um dos setores mais afetados pela falta de combustíveis devido à greve do caminhoneiros. Além de Santa Maria, que reduziu os horários de ônibus, outras seis cidades da Região Central tiveram horários reduzidos e outros serviços suspensos durante os próximos dias (veja a situação de cada um abaixo)

A orientação da Federação das Associações de Municípios do Rio Grande do Sul (Famurs) é para que os municípios façam paralisação por um dia, considerando os preços abusivos praticados, o corte do repasse da Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico (Cide) aos municípios e em apoio aos caminhoneiros.

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- Fizemos ligações para todos os prefeitos e ouvimos a maioria. Cada município tem autonomia para aderir ou não à manifestação, mas a orientação da Famurs é que se paralisem os serviços - afirmou o presidente do órgão, Salmo Dias de Oliveira.

A assessoria jurídica da Famurs elaborou duas minutas (ponto facultativo e calamidade pública) que podem ser utilizadas como embasamento para decretar apoio à proposta da Famurs. Cada município deve fazer a adequação conforme suas particularidades. Os documentos estão disponíveis no site da Famurs.

Veja como está a situação dos municípios da região depois de cinco dias de greve:

SÃO SEPÉ
Na manhã desta sexta-feira, o comércio ficou de portas fechadas, em apoio às manifestações. De acordo com O Sepeense, órgãos públicos, como a prefeitura, Câmara de Vereadores, Sindicato Rural, Associação dos Arrozeiros e Sindicato dos Trabalhadores Rurais também devem se somar à mobilização. Desde quinta-feira, a cidade também sofre com escassez de combustível nos postos. 

JÚLIO DE CASTILHOS
O prefeito João Vestena suspendeu, além das aulas, o transporte escolar e o funcionamento das secretarias de obras, educação e saúde. Na cidade, também há falta de combustíveis. As suspensões devem ocorrer apenas nesta sexta.

SÃO GABRIEL
O prefeito Rossano Dotto Gonçalves declarou situação de calamidade pública, na quinta-feira. Conforme nota da assessoria de comunicação da prefeitura, já falta produtos de higiene e limpeza, gás e alimentos para a merenda escolar. Com o decreto, ficam suspensas as aulas nas escolas municipais, que permanecerão com expediente interno. O atendimento nos postos de saúde permanecerá normal, mas o transporte intermunicipal de pacientes para atendimentos médicos sem urgência também estão suspensos. 

Por conta da escassez de combustível na cidade, os horários do transporte coletivo urbano e rural sofreram alterações. Segundo informações do Caderno 7, quatro horários serão adotados enquanto persistir a situação. Os ônibus, em todas as linhas, seguirão os seguintes horários: das 6h20min às 9h, das 11h30min às 14h, das 17h20min às 19h e das 22h à meia-noite.

A Câmara dos Dirigentes Lojistas (CDL) e a Associação Comercial e Industrial (ACI) anunciaram que o comércio será fechado nesta sexta, em decisão comum das entidades, para aderir ao movimento dos caminhoneiros, das 14h às 15h.

SANTIAGO
Desde o final da tarde de quarta-feira, dois postos já estavam desabastecidos de gasolina comum. No Posto do Macarrão, no Centro, não tem mais gasolina - nem comum e nem aditivada. Já no Posto do Batista, que fica nas margens da BR-287, teve um movimento maior ao longo de quarta-feira. Com isso, cada motorista pode abastecer 15 litros de combustível. Não há reposição de combustíveis desde o início da greve.

Além disso, a prefeitura não terá expediente nesta sexta, das 13h30min às 15h. Prefeito e secretários municipais vão participar de atividades em apoio a greve, e o atendimento externo deve ser normalizado após as 15h.

CRUZ ALTA
O transporte coletivo enfrenta problemas por conta do abastecimento de combustível para os ônibus que circulam pela cidade. Por conta disso, os horários de ônibus estão sendo reduzidos. Conforme a prefeitura, todas as linhas funcionam apenas em horários de pico. Das 14h às 18h, não há transporte coletivo no município. 

Na saúde, também já há afetações. O Hospital São Vicente de Paulo emitiu comunicado informando apenas atendimentos de casos de urgência e emergência estão sendo feitos. Os atendimentos eletivos estão suspensos no hospital até que a situação seja normalizada, já que a casa de saúde não está recebendo materiais e medicação para os pacientes.

TUPANCIRETÃ
Desde o final da manhã desta quinta-feira, leitores do Diário informaram que, nos postos do município, já não há gasolina comum nem aditivada. A prefeitura decretou situação de emergência pela falta de combustível. Serviços de transporte escolar, manutenção das estradas, entre outras situações que dependem do combustível para serem realizadas estão comprometidas.

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