Sete preconceitos sobre idosos

Sete preconceitos sobre idosos

Ainda que o envelhecimento populacional não seja mais nenhuma novidade, afinal de contas os idosos passaram a ocupar cada vez mais os espaços públicos nas últimas décadas, seja fazendo exercícios em grupos específicos ou em academias e clubes, seja com seus bailinhos (as famosas domingueiras), que inclusive se multiplicaram para outros dias da semana, ainda assim encontramos pessoas com preconceitos com relação a essa nova forma de viver a velhice.

Entre outros, quero me deter em alguns desses preconceitos, e para tanto usarei como referência a obra Gerontologia Social para Leigos, editada em parceria entre a genial assistente social Nara Costa Rodrigues e o médico Newton Luiz Terra, publicada pela PUCRS. Os autores apresentam, entre outros, os seguintes preconceitos, chamados por eles de mitos:

A MAIORIA DOS IDOSOS VIVE EM PAÍSES DESENVOLVIDOSHoje, com o acesso de dados mundiais permitidos pela internet, sabemos que a realidade é outra. Os países dos Brics: Brasil, Rússia, Índia, China e África do sul, reconhecidamente superpopulacionais e de renda baixíssima, concentram grande parte dos idosos do mundo.

AS PESSOAS MAIS VELHAS SÃO TODAS IGUAISPensemos um pouco. Os jovens são todos iguais? Os adultos são todos iguais?Nosso envelhecimento, como destaquei na última coluna, depende da interação entre fatores primários, como nossa bagagem genética e fatores secundários, que se referem ao nosso estilo de vida (alimentação, tabaco, exercícios, estresse etc). Como imaginar que duas pessoas teriam feito as mesmas escolhas durante a vida?

HOMENS E MULHERES ENVELHECEM DA MESMA FORMAA cada década que passa, mais vemos mulheres conquistando os espaços públicos, deixando de ser “apenas a antiga rainha do lar” (aliás, atribuição notável e geralmente não reconhecida). Existem poucas diferenças físicas entre os sexos no envelhecimento.

OS IDOSOS SÃO FRÁGEISGeneralização perigosa de ser feita, pois certamente todos conhecemos idosos não frágeis tanto física como emocionalmente, muitos inclusive são o arrimo da família.

OS MAIS VELHOS NADA TÊM A CONTRIBUIRPensemos um pouco sobre grandes estadistas ao redor do mundo ou pensadores notáveis, artistas consagrados. São todos ou quase todos mais velhos. A expressão representa, na verdade, um mundo doente, quando as pessoas têm valor por sua utilidade e não por quem são. Um idoso pode ser uma grande fonte de informações, uma espécie de Google sem internet.

FINALIZANDOAcredito que poderíamos somar a essas reflexões, nossas experiências cotidianas com nossos idosos parentes, vizinhos, conhecidos. Essa observação nos levaria, acredito, à constatação concreta de que esses preconceitos não se mantêm mais.

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