Saiba por que o Riograndense não lucra com a venda de atletas revelados em Santa Maria

Destaques em Santa Maria, aspirantes a jogadores profissionais saem do município em busca do sonho do futebol em outras cidades. Mas diferentemente do que acontece, por exemplo, com a arbitragem, o mérito da formação não fica aqui no Coração do Rio Grande. Recentemente, o Diário noticiou a negociação do volante Kauã Costa, 17 anos, revelado nas categorias de base do Riograndense, com o Grêmio, de Porto Alegre. No entanto, sem o certificado de clube formador, todos os louros, inclusive os financeiros, em eventuais transferências futuras ficam com o Tricolor. 

Certificado de Clube Formador

Um dos momentos mais importantes para o crescimento profissional de um atleta é a formação. Ainda muito jovens, os jogadores saem de suas casas e se dedicam de forma integral aos gramados. Para isso, é necessário que o clube ofereça todo apoio para o desenvolvimento, seja ele com alojamento, alimentação, físico e psicológico. 

A fim de proteger os atletas e as instituições, no Brasil, os clubes de futebol só podem ser considerados formadores cumprindo requisitos: estar filiado à federação estadual, no caso a Federação Gaúcha de Futebol (FGF) e a Confederação Brasileira de Futebol (CBF), e possuir o Certificado de Clube Formador (CCF) emitido pela CBF. 

O CCF é o que garante que um clube cumpra com as normas de segurança para a formação profissional do jogador. No caso do Riograndense, a certificação já foi solicitada e o clube trabalha nas reformas dos alojamentos para a garantia dela.

Entre os documentos necessários, estão laudos, licenças, alvarás vigentes, apresentação de programa de treinamento para cada categoria, detalhando responsáveis, objetivos, metodologia, horários e atividades, compatíveis com a faixa etária, proporcionar assistência médica, por meio de profissional especializado contratado, entre outros. 

O Inter-SM, outro clube da cidade, também não possui a certificação de clube formador da CBF.