data-filename="retriever" style="width: 100%;">Foto: Pedro Piegas (Diário)
Promotora Lucia Callegari expõe trecho da reportagem do Diário que menciona lotação da Kiss em 2011
A lotação da Kiss é um tema que segue em discussão durante os dias de júri, no Foro Central I, em Porto Alegre. Nesta segunda-feira, a acusação do Ministério Público (MP) apresentou uma coluna publicada no Diário, em junho de 2011, na qual Elissandro Spohr, sócio da boate e réu no processo, falava sobre a questão. Segundo o texto, o limite apontado por Kiko era de 1,4 mil pessoas.
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Foto: reprodução
Trecho da coluna foi apresentado pelo MP no sexto dia de julgamento do Caso Kiss
A coluna foi apresentada durante o depoimento do ex-organizador de festas Stenio Rodrigues Fernandes. O texto fazia parte da coluna Zoom, assinada pelo jornalista Francisco Dalcol. O motivo era a confirmação de shows nacionais na Kiss. Além disso, Dalcol entrevistou Kiko sobre as filas e a lotação da boate, o que causava incômodo ao público. Na época, conforme a coluna, o sócio da boate atribuiu isso ao horário de chegada das pessoas e quem "furava" a fila. O ponto que foi destacado pelo MP e questionado pela defesa foi referente ao número de ingressos disponibilizados.
- Esse número, com certeza, foi apurado. Seguimos procedimentos jornalísticos, técnicos. Foi a maneira que a gente fez - garantiu Dalcol sobre a coluna.
CONTESTAÇÃO
Jader Marques, advogado de defesa de Elissandro, alegou que a reportagem que afirmava o dado e não o sócio da boate de fato. Mais tarde, no segundo depoimento, a reportagem voltou a ser apresentada a Wilian Renato Machado, sobrevivente e ex-funcionário da Kiss convocado pela defesa de Elissandro. Em nota, a defesa de Elissandro Spohr disse que esse número se refere ao giro de clientes ao longo da noite e não significava que a casa comportava essa população ao mesmo tempo.
Willian, também em resposta ao MP, falou sobre a lotação da boate. Segundo ele, o limite era de 800 pessoas dentro da Kiss. Quando o total chegasse a esse número, conforme o ex-funcionário, a entrada só era permitida quando houvesse saída de quem estava nas festas.
Na época, a informação publicada no Diário não foi contestada e não houve pedido por publicação de correção nas edições dos dias seguintes.Ao ser questionado sobre lotação da Kiss, William responde: "Com 800 pessoas, a gente não permitia mais a entrada. Divulgávamos isso para as turmas. Tinha amigos que brigavam comigo porque não deixava entrar" #juridakiss pic.twitter.com/qBZDBe1MrX
- Diário (@diariosm) December 6, 2021