Radicci: Personagem comemora quatro décadas neste final de semana, em Itaara

Radicci: Personagem comemora quatro décadas neste final de semana, em Itaara

Fotos: Vinícius Machado (Diário)

Radicci é um personagem engraçado, baixinho, beberrão, meio ranzinza. A figura preguiçosa, gulosa e amante de vinho e da farra saia do papel há 40 anos. Uma história que conta a vida de imigrantes italianos na serra gaúcha. Foi em 1983 que o jornalista e cartunista Carlos Henrique Iotti criou a história em quadrinhos com um colono raiz, Radicci, e sua família Genoveva, Nôno e Guilhermino. 

Para marcar a eternizada narrativa que já esteve em diferentes jornais no decorrer dos anos, ocorre uma amostra que reúne alguns dos trabalhos do artista. Neste sábado (2) e domingo (3), as tiras estão expostas na Zagaia Brewery, em Itaara. Haverá atrações artísticas e a presença do cartunista. 

Radicci já esteve por 36 anos nas páginas do Pioneiro, jornal que cobre Caxias do Sul e Região. Também, nos periódicos Correio do povo, Zero Hora e Diário do Sul, de Santa Catarina. Ele também tem uma parceria longa com o Diário de Santa Maria. O acervo representa esta história. 


–  Eu vou nos lugares e as pessoas me perguntam como é o meu processo criativo, ou de onde eu tiro tanta besteira. No fundo a pergunta é a mesma. A resposta é olhar para a rua. Os colonos estão todos soltos. Não sou eu que busco os assuntos. São eles que vem até mim – relata Iott. 


Procurando em sebos, Bruno Milani (ao centro) formou a maioria de sua coleção. Iott (à dir)

Com uma revista de número 2, considerada rara até mesmo pelo autor Iott, o professor Bruno Milani, 38 anos, compareceu na amostra. Acompanhado de sua família, conseguiu o auge do colecionismo – o autógrafo do autor.  


– Eu lia as tiras do Radicci desde que eu era bem pequeno. Eu via em um outro jornal, nem sei se existe ainda. Eu sempre achava aquilo muito divertido, pois eu me identificava um pouco. Minha família também é de origem italiana, e o jeito de falar e agir era muito próximo do que a gente vivia. Então sempre me interessei por isso – relembra Milani.     


Reconhecimento 

Neste ano, que marca as quatro décadas de Radicci, a Câmara de Vereadores de Caxias do Sul, cidade em que nasceu o cartunista, concedeu o Prêmio Caxias do Sul. A homenagem simboliza a gratidão pela figura que fala da região para muitos públicos. 

Por onde passa, aborda em suas histórias os costumes dos colonos interioranos. Mistura o que vê e o que ouve para gerar muitas risadas. Os dinossauros descobertos na Quarta Colônia e as histórias sobre lobisomens do Peral estão entre estes 'causos' contados e que vão para os quadrinhos.  

– É uma honra estar aqui no centro do universo. Como eu costumo dizer, não é o centro só do Estado. Santa Maria e Região é o centro do universo – brinca Iott.  

Atualmente, Radicci está em quatro edições de uma série especial de livros coloridos chamada ‘40 anos Enchendo Linguiça’. É possível acessar o material na loja virtual ou em livrarias em Santa Maria. 


Parceiro do Diário 

Os santa-marienses podem acompanhar o trabalho irreverente na edição impressa do Diário. Já nas sextas-feiras podem escutar seus comentários, próximo às 09h, durante o programa’ Bom Dia, Cidade’, da rádio CDN 93.5, momento em que ele entra ao vivo. 


Exposição do Radicci 

  • Quando – Sábado (2), das 14h às 20h. Domingo (3), das 15h às 19h 
  • Onde – Zagaia Brewery, Estrada Alcides Pinheiro, 5360, Itaara,
  • Entrada – Gratuita 
  • Próxima amostra – Para 2024, estão previstas amostras dos 40 anos em Porto Alegre e Florianópolis. Ainda não há datas confirmadas. 


Conheça os personagens 

Radicci 

  • Baixinho, barrigudo e um tanto preguiçoso. Radicci é um imigrante italiano de temperamento forte, com aversão ao banho e paixão pelo vinho. Casado com Genoveva e pai do Guilhermino, vive em algum lugar da Serra Gaúcha.

Genoveva

  • A esposa é o maior obstáculo entre o Radicci e um garrafão de vinho. É uma mamma italiana que mima o filho e não dá moleza pro gringo, nem deixa passar o comportamento machista e reacionário do marido.

Nôno 

  • O personagem é um enigma. Não se sabe se é pai do Radicci ou da Genoveva. Vive entre recordações da juventude e a tecnologia que o neto Guilhermino apresenta. Foi piloto na Segunda Guerra, mas não se recorda para que lado lutou.

Guilhermino

  • O filho rebelde sem causa. Não se sabe a sua idade, mas ele continua morando na casa dos pais e não quer nem trabalhar, nem estudar. Suas posições políticas vão do verde cannabis ao vermelho Che.


*Consta informações do site do Radicci

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