com a palavra

Presidente da Igreja Batista Nacional em Santa Maria conta trajetória de dedicação à fé

Foto: arquivo pessoal

Levi de Oliveira é presidente da Igreja Batista Nacional de Santa Maria, que tem sede no Bairro Km 3

Nascido em Porto Alegre, o apóstolo Levi de Oliveira, 47 anos, mora em Santa Maria desde 1998. Ele veio para o Coração do Rio Grande para assumir a presidência da Igreja Batista Nacional (IBN)da cidade. Quando assumiu a igreja, ela possuía 15 membros e, atualmente, a congregação conta com cerca de 800 participantes. Formado em Tecnologia Agrícola, ele chegou a iniciar a faculdade de Agronomia na Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), mas deixou o curso para se dedicar à vida pastoral. Em 2017, Levi se formou em Ciências Sociais pela Universidade Federal de Santa Maria (UFSM) e tem especialização em Missiologia. Casado, há 25 anos, com a também pastora Cristiane Jadoski Oliveira, o pastor é pai de Christian Levi, 16 anos, e de Luise, 13.

Diário - Na infância, o senhor já dava sinais de que se dedicaria, na vida adulta, a difundir a palavra de Deus?

Levi - O nosso lar sempre esteve imerso em ambiente religioso. Em nossa rotina familiar, havia uma ávida busca por Deus. Entretanto, não tínhamos a devida orientação. Quando eu estava com 13 anos, minha mãe ficou terrivelmente enferma e os médicos não tinham um diagnóstico preciso. Naquela situação, uma senhora nos fez uma visita e orou por ela. A partir daquele instante, a mãe ficou completamente reestabelecida. Foi espantoso para nós. Foi a primeira experiência que tivemos com um Deus presente e pessoal. Logo, passamos a frequentar uma igreja evangélica e comecei a participar do grupo de jovens da congregação.

Diário - Como foi a sua trajetória até chegar a ser presidente da Igreja Batista Nacional de Santa Maria?

Levi - Em Porto Alegre, eu fazia parte de um trabalho voltado aos jovens. Quando a igreja em que eu participava abriu uma congregação em Guaíba, fui junto para auxiliar o pastor na nova missão. Naquele período, eu ainda estava cursando o seminário. Cooperei na igreja de Guaíba de 1992 até 1998. Em 1994, ano em que me casei, me formei bacharel em Teologia. Em fevereiro de 1998, a IBN de Santa Maria ficou sem pastor e, assim, fui designado a presidente da igreja que, à época, contava com 15 integrantes. De lá para cá, temos tido um crescimento significativo em vários aspectos. Nosso trabalho é voltado para a família e atuamos organizados em ministérios que atendem todas as faixas etárias, com atenção a casais, jovens e adolescentes.

Foto: arquivo pessoal
Na lembrança, uma viagem missionária ao Nepal. Levi já esteve em cerca de 30 nações, entre África, Ásia e Europa

Diário - Quais foram os momentos mais marcantes nesta missão de ministrar a palavra de Deus?

Levi - Há 22 anos, estou à frente da mesma igreja. Neste tempo, passei a desenvolver um trabalho específico na área de missões. Sou secretário de missões da Convenção Batista Nacional. Ao longo desses anos, pude cooperar na implantação de muitas igrejas, tanto no Brasil quanto em outros países. Eu já estive em cerca de 30 nações, localizadas na África, na Ásia e na Europa. Foram experiências muito marcantes. Conheci a realidade do interior da África. Existem dois mundos distintos dentro daquele mesmo continente. Estive em um campo de refugiados de guerra, onde a nossa colaboração era tudo o que as pessoas tinham. A igreja levava até água para elas, visto que a presença do Estado era muito precária. Estive também no Haiti um pouco antes do terremoto, quando as condições do país já eram bem delicadas. Em 2017, fiz um trabalho com um missionário no Camboja, onde ajudamos crianças recuperadas do tráfico humano.

Foto: arquivo pessoal
No registro, a participação em uma missão da Igreja Batista em Israel

Diário - Quais são os desafios de pregar o Evangelho hoje em dia?

Levi - A sociedade está passando por muitas mudanças. Durante séculos, nós estivemos debaixo de uma cosmovisão cristã ou judaico-cristã e, de uma maneira abrupta, estamos abdicando desta realidade. As pessoas têm adotado uma forma de pensar em que Deus não é mais a prioridade e com a qual a palavra dele é relativizada. Aquilo que era estável não tem mais a mesma aceitação. Na Europa, já se fala que estamos em uma sociedade pós-cristã. As pessoas têm se colocado à frente do Evangelho. Isso bloqueia o coração. Deus permite que os homens façam as escolhas, mas não lhes dá o direito de escolher as consequências delas.  

Foto: arquivo pessoal
Para o apóstolo Levi, a família é base de tudo

Diário - Que planos tem para a IBN na Região Central?

Levi - Queremos disponibilizar uma congregação em cada bairro para facilitar o acesso às pessoas. Uma igreja precisa estar onde o povo está. Temos a sede, localizada próxima ao trevo do Castelinho. Já as congregações ficam na Vila Santos e na Vila Maringá. Além disso, estamos dando passos para iniciar uma igreja na Nova Santa Marta. Queremos, também, implantar igrejas em outras cidades da Região Central. Recentemente, abrimos uma em São Sepé.  

Diário - O que a família representa para o senhor?

Levi - Família é a base de tudo. Durante a gravidez, minha esposa contraiu citomegalovírus e, ao nascer, Christian Levi precisou ficar na CTI por três meses. Por diversas vezes, ele quase morreu. Devido às sequelas, nosso filho ficou cego e surdo. Com a ajuda de um implante coclear, hoje Christian pode escutar. Ele foi alfabetizado em braile, faz natação e está aprendendo a tocar teclado. Christian é um presente de Deus e um desafio. Meu outro presente é Luise. Ela estuda no colégio Riachuelo e tem ótimo desempenho escolar. Minha esposa é engenheira química e também tem formação em engenharia de alimentos. Atualmente, ela trabalha comigo, na igreja.

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