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OPINIÃO: Santa Maria está acordando! Precisamos acelerar o crescimento  

Ruy Giffoni

Há duas semanas, fiz um artigo com o título Acorda, Santa Maria. Bastante polêmico, discutindo de forma racional a não abertura do comércio nos feriados, e a falta de definição do piso do salário dos comerciários. Esta provocação fez com que a TV Santa Maria realizasse no seu programa de debates Frente a Frente uma discussão ao vivo com o presidente do Sindilojas, Ademir Costa, com a presidente do CDL, Marli Rigo, e o presidente do Sindicato dos Comerciários, Rogerio Reis. Mediado pelo Antonio Candido Ribeiro, este debate foi quente, caloroso e feio. Mas serviu para que as partes refletissem melhor sobre o assunto. 

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E foi feito um acordo para definir o piso da categoria, com a autorização para abrir as lojas nos feriados dos dias 15 de novembro e 8 de dezembro, com prêmio em dinheiro e mais uma folga para os comerciários. Foi um acordo do tipo ganha-ganha. Bom para as duas categorias e melhor ainda para os clientes.

O mais importante é que, com esse acordo, se abre a porta para negociar de forma mais rápida e objetiva os próximos dissídios. Já estamos começando a falar sobre os 14 feriados de 2018, onde há interesse em abrir em 10 feriados, com o mesmo funcionário trabalhando em cinco datas e outro colega, nas outras cinco datas, com prêmio e folga. De tal forma que não sobrecarregue ninguém e que ajude a gerar novos empregos. E, para o cliente, abertura do comércio em 10 datas.

Que fique bem claro que ninguém é obrigado a abrir sua loja, mas que tenha a liberdade de poder trabalhar. Pois, hoje, é proibido trabalhar e gerar emprego.

O próximo passo para realmente acordar Santa Maria é permitir a abertura dos mercados aos domingos. Esse, talvez, seja o maior desafio que teremos pela frente. Com uma cidade, capital regional, como a nossa, não podemos perder a oportunidade de abastecer 1,1 milhão de pessoas – nossa área de influência –, que só tem tempo no fim de semana. 

Esta negociação, entre Sindigeneros e Sindicato dos Comerciários, fez os mercados fecharem em 54 domingos e abrir pela manhã em 5 feriados. Horário que não agrada aos clientes de fora e nem os clientes locais. Trouxe um grande prejuízo para o número de empregos e, consequentemente, baixou o nível do salário da categoria. Leis de mercado, quanto maior a procura, mais elevado será o salário.

Só quem pode mudar este panorama são os consumidores, que precisam pressionar os seus supermercados para que voltem a abrir aos domingos. 

Quem sabe, daqui a alguns anos, tenhamos como em todas as capitais do país e grandes cidades, do Brasil e do mundo, um mercado aberto 24 horas.       

Sonhar não paga imposto. Mas, para isso, precisamos abrir as cabeças para o novo (nem tão novo assim). Já existem há mais de 50 anos em muitas cidades.

Precisamos nos preparar, pois, daqui a 10 anos, mais da metade dos empregos que existem, hoje, não existirão mais. Que rumos vamos tomar? Como nos preparar para este novo mercado de trabalho? Precisamos viver cada momento na hora certa. Antes que seja tarde demais.


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