Coluna Vida e Saúde

O mês da amamentação

Foto: pixabay / Pixabay

Peço licença, mas o assunto é importante. Apesar de meu espaço originário ser da temática Finanças Pessoais, o mês de agosto requer uma escapadinha para falar sobre a Semana Mundial de Aleitamento Materno, instituída no Brasil em 12 de abril de 2017 por meio da lei 13.435.

Pela lei, devem ser realizadas ações de promoção e esclarecimento sobre a importância do aleitamento materno a partir de 1º de agosto. Em Santa Maria, tenho observado várias ações voltadas para essa finalidade, inclusive do comércio local. 

É negável a importância da amamentação para a criança, para a mãe, arrisco-se a dizer, para a sociedade como um todo se pensarmos a longo prazo. As recomendações da Organização Mundial de Saúde sobre amamentação referem que as crianças deveriam ser amamentadas exclusivamente por leite materno até os seis meses, não sendo necessário dar nenhum alimento complementar.

Precisamos entender que o período que sucede o parto e o nascimento do bebê é marcado por uma profunda complexidade, e que para que a mãe consiga amamentar muitos aspectos estão envolvidos no ponto de vista psicológico, físico e social.

Dificuldades de saúde, falta de informação e de apoio, problemas emocionais, preconceitos e até mesmo a presença de alguns mitos sobre a amamentação muitas vezes impedem que as mães consigam amamentar seus filhos. Nesse sentido, o apoio da família e de profissionais da saúde podem ser primordiais para se alcançar este objetivo.

Mas quais são os benefícios da amamentação?

Para a criança
_ É um alimento de fácil digestão
_ Ajuda a prevenir doenças como a anemia, alergias, infecções e a obesidade
_ Costuma provocar menos cólicas
_ A sucção auxilia no desenvolvimento da arcada dentária, da fala e da respiração
_ Fortalece o vínculo afetivo com a mãe e favorece o seu desenvolvimento sob o ponto de vista psicológico

Para a mãe
_ Auxilia na contração e recuperação do útero
_ Pode contribuir para diminuição de riscos de hemorragia
_ Ajuda na redução do peso
_ Pode minimizar o risco de desenvolver futuramente doenças
_ Maior proximidade com a criança e consequentemente fortalecimento do vínculo

Nem sempre as mamães podem amamentar, mas quem tem esse privilégio, pode ter ainda como vantagem a questão econômica. De acordo com o levantamento feito pela Lactare – Consultoria em Aleitamento Materno, uma criança amamentada por meio de leites industrializados (fórmula infantil) costuma tomar, até os seis meses, em média 8 mamadeiras por dia a um custo unitário de R$1,25. Ao longo de seis meses, isso representar um custo médio de R$ 1,8 mil.

Após esse período, com a inclusão de outros alimentos na dieta do bebê, o número de mamadeiras por dia diminui, sendo, em média em torno de 5 unidades. O custo anual pode chegar a R$ 2,3 mil. Somando-se a isso o custo de mamadeiras, esterilizadores, embalagens térmicas etc.

Motivos para incentivar a amamentação não faltam! Reconheço que esse ato vai muito além de seu caráter nutricional. Ele contribui de modo significativo para o desenvolvimento do elo de ligação entre mãe e bebê e representa o investimento na vida, no amor, na capacidade de doação ao outro. Se queremos uma sociedade melhor, precisamos investir nas pessoas desde os primeiros momentos de vida. E a amamentação pode ser um bom começo!

                 


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