Abastecimento

Mesmo com a conta paga, moradores do Residencial Videiras continuam sem água em Santa Maria

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Desde a última sexta-feira, pelo menos três blocos do Residencial Videiras, no bairro Passo D’Areia, sofrem com a falta d’agua. O corte no abastecimento aconteceu em função da falta de pagamento de alguns condôminos e, mesmo os que têm as contas em dia estão sem água, já que os hidrômetros são por blocos, não individuais.

O pintor Carlos Rodrigues Pereira, 61 anos, morador do bloco H, está sem água desde segunda-feira. Ele mostra a conta do condomínio do último mês, que foi quitada. No entanto, ele não sabe quando terá o abastecimento normalizado.

– A gente paga as contas e não tem o direito de ter água. Estamos poupando a água da caixa porque não sabemos quando vamos ter o serviço reestabelecido – afirma Pereira.

De acordo com o perito individual Alessandro Fahrion Pinto, existem, sim, hidrômetros individuais, portanto, a água não poderia ser cortada na integralidade. Pinto fez um levantamento fotográfico do condomínio para uma moradora, na primeira vez em que houve o problema, em maio de 2014: 

– Eu fui contratado por uma proprietária que teve a água cortada e, depois do levantamento, a juíza concedeu uma liminar na mesma hora para que a água fosse religada, já que a dona do imóvel estava em dia com o condomínio, e cada apartamento tem o seu hidrômetro. Então, a cobrança pode ser feita individualmente.

Segundo Flávio Pezzi, gerente da Corsan, o abastecimento foi cortado após inúmeras tentativas de parcelamento da dívida do condomínio, que já ultrapassa R$ 100 mil. Segundo ele, em outubro de 2014, a Corsan conseguiu individualizar os hidrômetros por bloco, mas não foi possível individualizar por apartamento, o que acarreta a falta de água para todos os moradores:

– Começamos a fazer um estudo para separar os hidrômetros, mas o projeto do residencial não permite. Além disso, existe uma norma da Agência Estadual de Regulação dos Serviços Públicos Delegados do Rio Grande do Sul (Agergs), que diz que os condomínios verticais poderão ter medição individualizada, desde que os ramais prediais que abastecerão as unidades autônomas estejam instalados na testada (chão) do imóvel, em local de fácil acesso. O Videiras adquiriu 420 hidrômetros e colocou no 5º andar dos blocos, então, os técnicos não realizam a medição lá, pois não está no solo.

Além disso, ele afirma que a Corsan só suprimiu o abastecimento de água, pois a dívida do condomínio já estava muito alta.

– Desde 2013, existe esse problema de inadimplência. Para não prejudicar ninguém, dividimos a dívida em 40 parcelas. Entretanto, depois de umas sete ou oito tarifas, alguns moradores pararam de realizar o pagamento, e a dívida aumentou. Por não termos como individualizar o fornecimento, tivemos que tomar essa medida, que é a última ação a ser feita pela Corsan. Lamentamos que os moradores que pagam tenham sido prejudicados. A água é cortada depois de 90 dias do momernto em que o morador foi notificado, e o local só poderá ser reabastecido quando a dívida for quitada.

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