Júri popular: acusada de matar ex-namorada será julgada nesta quarta-feira

Pâmela Rubin Matge

Júri popular: acusada de matar ex-namorada será julgada nesta quarta-feira
Na foto, Stéphanie durante a primeira audiência após o crime, em 9 de março de 2016. Foto: Jean Pimentel (arquivo Diário)

O crime que aconteceu em dezembro de 2015 pode ter desfecho judicial nesta quarta-feira (10). A partir das 9h, no Foro de Santa Maria, ocorre o julgamento de Stéphanie Fogliatto Freitas, acusada de matar a facadas a ex-namorada, Helenara Pinzon.

Stéphanie é acusada de homicídio qualificado por feminicídio, em razão do crime se caracterizar como violência doméstica, e por motivo torpe, já que teria matado Helenara por não aceitar o fim do relacionamento.

A acusada é representada pelo advogado Bruno Seligman de Menezes.

– A prova, analisada de forma desapaixonada, evidencia que houve uma luta corporal, com lesões recíprocas, tendo culminado no trágico resultado. Diferentemente do que fez crer a polícia e o Ministério Público – em um processo cheio de preconceitos –, é um caso clássico de legítima defesa – sustenta o advogado.

O Ministério Público (MP) estará representado pelo promotor Tomas Coletto, da 6ª Promotoria Criminal de Santa Maria. O júri será presidido por Ulysses Fonseca Louzada.

Leia também

“A medida protetiva é algo que faz diferença na vida das pessoas, e salva vidas”, afirma titular do Juizado de Violência Doméstica de Santa MariaVÍDEO: homem é preso após agredir e tentar matar ex-companheira em SantiagoCom júri anulado, processo do Caso Kiss ainda terá longo percurso

Júri popular

Previsto para crimes dolosos contra a vida, sejam eles tentados ou consumados, o Júri Popular ou Tribunal do Júri é aplicado para crimes de homicídio, infanticídio, aborto ou participação em suicídio.

No dia do julgamento, os sorteados deverão comparecer ao Foro. Por meio sorteio, 25 nomes, dos quais sete serão indicados, passam a integrar o Conselho de Sentença. Os jurados são os representantes da sociedade que decidem sobre o caso em análise. O voto é secreto e, a decisão é soberana. Caso haja desclassificação, isto é, se os jurados entenderem que o crime é culposo e não doloso, o julgamento caberá ao juiz.

O caso

Helenara Pinzon e Stéphanie Fogliatto Freitas, na época com 22 e 24 anos, respectivamente, terminaram o relacionamento mas ainda continuavam morando juntas quando o crime aconteceu.

A vítima foi encontrada morta no próprio apartamento, na Rua General Neto, no Bairro Nossa Senhora de Lourdes, na manhã de 5 de dezembro de 2015, após os vizinhos escutarem os pedidos de socorro e chamarem a polícia. Quando a Brigada Militar chegou ao local encontrou Helenara sem vida com pelo menos três facadas no corpo.

Stéphanie foi levada para a Unidade de Pronto-Atendimento (UPA) pois estava em estado de choque. Na época, ela ficou internada por um mês no Hospital Casa de Saúde, e, posteriormente, foi encaminhada para a ala feminina do Presídio Regional de Santa Maria. Stéphanie permaneceu presa preventivamente até julho de 2016, quando ganhou liberdade provisória, mantida desde então.

Pâmela Rubin Matge, [email protected] Laura Gomes, [email protected]

Leia mais notícias de Polícia e Segurança

Carregando matéria

Conteúdo exclusivo!

Somente assinantes podem visualizar este conteúdo

clique aqui para verificar os planos disponíveis

Já sou assinante

clique aqui para efetuar o login

Santa Maria registra mais de 100 casos confirmados de dengue Anterior

Santa Maria registra mais de 100 casos confirmados de dengue

Mês da Igualdade: exposição no Masm celebra os 20 anos da Parada Livre da Região Centro Próximo

Mês da Igualdade: exposição no Masm celebra os 20 anos da Parada Livre da Região Centro

Geral