Jorge Brandão: o poder das ilusões

Redação do Diário

Jorge BrandãoEmpresário e escritor espírita

Nos iludirmos parece inevitável em nossa vida cotidiana e mesmo na busca da espiritualidade.  Iludimo-nos com as outras pessoas, com o trabalho, com o futuro, com as aparências e principalmente nos iludimos conosco mesmos. Valorizamos muitas vezes o que não tem valor e esquecemos de valorizar o que é muito precioso.

Encontrar a verdade é um processo de muitas desilusões e a caminhada nesta busca é tão longa que uma vida inteira é apenas um momento da nossa jornada evolutiva, mas um momento que não pode ser desperdiçado.

A antiga palavra sâncrista “maya” é utilizada desde o século 9 na filosofia  oriental para designar dualidade ou ilusão e só chegou ao nosso mundo ocidental a partir do século  19.  O “mundo de maya”  é considerado o mundo dual em que estamos vivendo, repleto de enganos e  ilusões  e que nos desafia  a ver e sentir  além das aparências, superando  as seduções do mundo sensorial.

O mito da caverna do Filósofo Platão se tornou uma referencia de ilusão no mundo da Psicologia e da Filosofia e de como as aparências podem enganar. Nesta fabula, a qual prisioneiros vivendo a vida toda encarcerados em uma caverna e voltados para o fundo da mesma não viam mais que as sombras do mundo exterior projetadas na parede dessa prisão. Como não conheciam outra coisa, tomavam as sombras como a própria realidade.

Será que tudo o que vemos, ouvimos e sentimos neste mundo é real? E o que está por trás daquilo que se apresenta para nós? Dê uma pausa e reflita!

O que o mundo exterior nos mostra, pode ser percebido de forma totalmente diferente por cada ser, dependendo do ponto de vista que se olha, do estado do nosso mundo interior e das referencias que trazemos. Uma critica recebida, por exemplo, pode abater o nosso animo, ou bem compreendida nos servir de estimulo para melhorar.  

Dos cinco sentidos que estamos habituados a usar em nosso dia a dia, vida após vida, os importantes sentidos da visão e o da audição são os mais utilizados e também os que mais nos predispõem a avaliações equivocadas.

  O sexto sentido, o da intuição, (a voz interior que brota suavemente da nossa alma) e que hoje é reconhecida pela própria Ciência, é sem duvida o sentido que embora  ignorado pela maioria das pessoas, tem o menor risco de nos levar a erros de avaliação.

Em uma sociedade como a nossa onde as aparências são tão valorizadas, é preciso um grande esforço para não nos deixar impressionar pelo mundo das ilusões.  

Busquemos não esquecer os verdadeiros objetivos da nossa existência aqui na Terra.  Ao desligar o nosso “piloto automático” buscando identificar as ilusões do mundo, a nossa consciência de seres cósmicos e imortais que somos, inicia o seu despertamento para um mundo novo e real por detrás das aparências.

Não percamos tempo! Esforço, abnegação é o que nos conclama esta nova era do espírito, que busca unir ciência e espiritualidade, teoria e prática. Caso contrário, valerá a velha máxima “Só se desilude, quem se deixou iludir”.

Leia todos os Colunistas

Carregando matéria

Conteúdo exclusivo!

Somente assinantes podem visualizar este conteúdo

clique aqui para verificar os planos disponíveis

Já sou assinante

clique aqui para efetuar o login

Anterior

PLURAL: perguntar

Próximo

Anny Gundel Desconzi: uma notícia, mais de uma versão

Geral