A greve dos professores estaduais completa um mês nesta quinta-feira. O movimento começou após o governo do Estado pagar a primeira parcela, de R$ 350, referente aos salários de setembro, após 21 meses de parcelamento. No último dia 29, o Cpers/Sindicato, que representa a categoria, fez uma assembleia geral, em Porto Alegre, em que os professores decidiram manter a greve por tempo indeterminado.
Segundo o diretor do 2º Núcleo, Rafael Torres, o comando de greve faz reuniões semanais para avaliar o movimento na Região Central. Pelo último levantamento feito pelo Diário, pelo menos 20 das 40 escolas estaduais de Santa Maria estão em greve, total ou parcial.
O diretor comentou que a chance de o ano letivo não ser concluído é grande, principalmente se o Estado demitir os professores contratados emergencialmente e que são grevistas.
– Teremos uma reunião, hoje, com os professores contratados emergencialmente e o setor jurídico para tirarmos todas as dúvidas. Mas damos esta certeza, se algum colega for prejudicado por ser grevista, não encerraremos a greve – afirmou Torres.
A informação de desligar educadores grevistas começou a circular esta semana, mas, de acordo com o coordenador da 8ª Coordenadoria Regional de Educação (CRE), José Luis Eggres, o Estado não fez anúncio oficial sobre este assunto. Na manhã desta quinta-feira, Eggres explicou que em nenhum momento foi mencionada a possibilidade de demitir servidores do Executivo.
– Nós estamos estudando a possibilidade de chamar professores para atuarem como substitutos no lugar dos grevistas, para assim, conseguirmos concluir o ano letivo, que se encontra em uma situação complicada e em perigo de não ser finalizado. Precisamos que a greve encerre – argumentou.
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Além disso, o coordenador salientou que é obrigação dos diretores permitir a entrada de professores não grevistas nas escolas para darem suas aulas. Outra função dos gestores, de acordo com Eggres, é manter as direções em funcionamento para o atendimento à comunidade escolas e público geral.
Ele finalizou garantindo que o governo estadual se esforça para que as dificuldades financeiras do Estado afetem "de forma menos penoso possível" aos servidores do Executivo.