data-filename="retriever" style="width: 100%;">Foto: divulgação
Familiares do engenheiro eletricista santa-mariense Gustavo dos Santos Amaral, 28 anos, morto em abril deste ano durante uma operação da Brigada Militar no município de Marau, no norte do Estado, estiveram reunidos com o governador Eduardo Leite nesta quinta-feira. Os pais de Gustavo, Gilmar Amaral e Salete Santos, e o irmão gêmeo dele, Guilherme, além de representantes de dois coletivos de juventude, foram recebidos pelo governador e pelo vice-governador, Ranolfo Vieira Júnior, no Palácio Piratini. A reivindicação da família é uma reforma na formação e treinamento dos policias militares do Estado.
'Além da dor da perda, tem a dor da injustiça' diz irmão de engenheiro morto por PM
- O método de abordagem precisa ser revisto. A vida do Gustavo não vai voltar, mas o governo ainda pode evitar que outras vidas de inocentes não acabem dessa forma. A morte dele não pode ser em vão - disse o irmão.
Leite e Vieira Júnior se comprometeram em avançar no projeto de reformulação da preparação dos policias que ingressam na Brigada Militar. Além disso, ambos prestaram solidariedade à família pela perda de Gustavo.
O CASO
Gustavo foi morto durante um confronto entre policiais e bandidos em Marau, no norte do Estado. De acordo com o boletim de ocorrência registrado na Polícia Civil, dois homens estavam em uma camionete Volkswagen Amarok, que teria sido furtada em Casca, a 32km de Marau, quando foram abordados e tentaram fugir. Durante a tentativa de fuga, a camionete colidiu contra uma Fiat Doblô, onde estava o santa-mariense e mais dois colegas de trabalho. Gustavo saiu do veículo, assustado, correu em direção a outros carros que estavam atrás e foi baleado por um dos policiais.
Ele era engenheiro eletricista, formado pela Universidade Federal de Santa Maria (UFSM), e estava montando uma subestação de energia em uma empresa da cidade.